Educação se faz com todos

Valdir Rossoni é Chefe da Casa Civil do governo do Paraná e deputado federal licenciado.

A educação é a base para transformação positiva de qualquer país. Todos já ouviram ou leram isso alguma vez na vida. Entre a teoria e a prática, entretanto, nosso país demonstra que há uma enorme distância.  Os motivos são vários, mas além da vontade política, os benefícios que um bom ensino pode trazer ao cidadão explicam muito deste panorama geral. Além da realização pessoal e financeira, a formação de qualidade torna a pessoa mais crítica, participativa e consciente de seu papel na sociedade.
Aqui no Paraná nos esforçamos para fazer a lição de casa e ir na contramão do que acontece neste setor. Além de apoiar a formação contínua dos professores e pagar promoções e progressões, o governo tem feito grandes investimentos para melhorar a infraestrutura da rede estadual de ensino – e isso influencia muito no aprendizado de nossos estudantes.
Não adianta o empenho de professores, que sabem da importância de sua missão de ensinar, se os locais onde trabalham não incentivam e deixam os alunos orgulhosos de frequentá-los. Por isso colocamos em prática dois programas para ajudar neste sentido.
O Escola 1000 está repassando R$ 100 milhões para que mil escolas públicas realizem reformas e melhorias. Organizado pela Casa Civil e Secretaria de Estado da Educação, ele atinge metade da rede estadual, ou seja, meio milhão de alunos. A intenção do governo é lançar o Escola 2000 e beneficiar toda a rede de 2,1 mil escolas.
O dinheiro vai para a conta dos colégios e a decisão sobre as obras é feita através de audiências públicas entre professores, alunos e seus pais. É a democratização da gestão das instituições. O governador Beto Richa é um entusiasta do programa porque, além dessa participação, para a escolha das melhorias que são feitas, há transparência e controle da aplicação do dinheiro.
O outro programa é o Mão Amigas. Iniciativa da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, aproveita a mão de obra de presos com bom comportamento do regime semiaberto para a reforma de escolas. Ele começou em Curitiba e está sendo levado para o interior.
Assim, é possível fazer reformas de banheiros, quadras esportivas, pintura de salas e fachada, além de troca de fiação elétrica e outros serviços. Dezenas de escolas da capital e Região já foram reformadas assim. O Colégio Estadual João Turin, em Curitiba, é um exemplo: ganhou muros novos, paredes pintadas e vários outros pequenos reparos.
Os presos ganham porque voltam a conviver em sociedade, aprendem uma profissão, reduzem um dia de pena a cada três trabalhados e ainda ganham um salário mínimo (80% vão pra família e 20% ficam depositados numa poupança).
Com iniciativas como esta, nosso Paraná hoje é referência no setor para todo o Brasil. Colocamos em prática a tese de que Educação se faz com todos – e para todos. Basta ter ideias simples, vontade política e determinação em fazer.

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