Pressões da sociedade

O presidente barrou o aumento do diesel para evitar briga com os caminhoneiros. Certo, ou errado? Em si, é um erro o governo reagir às pressões da sociedade. Fica a sensação de que ganha aquele que chora mais. Na verdade o Legislativo precisa legislar e o Executivo remover os obstáculos que prejudicam essa ou aquela classe. Na questão dos caminhoneiros, há um excesso de caminhões que rodam no Brasil, tornando o frete muito barato. As oportunidades dadas em governos passados para a compra de caminhões novos e usados, levou muita gente que nem era do ramo, a comprar caminhão. Muitos daqueles que compraram um usado, se deram mal, porque a quebra do bruto pelas estradas é muito maior. Frete baixo, diesel e manutenção caros, não dá mesmo. Mas enfim, quem determina o preço do diesel? A Petrobrás, o preço do barril lá fora? Não, aqui é a Petrobrás. A Petrobrás, onde o governo possui com certeza mais de 50% das ações é uma estatal sem concorrência. Se tivesse concorrência, com certeza alguma concorrente iria forçar o preço para baixo.

 Não entendo de economia, mas sei que em todo o mundo existe a oferta e a procura. Isto é, a lei da oferta e da procura. Tendo oferta de bons preços a procura aparece. Não são só os grandes lucros, de um lado a Petrobrás, as montadoras, as fábricas de peças, o governo que precisam lucrar. Há um ano os caminhoneiros já mostraram sua força paralisando o país tão dependente do modal rodoviário. Ninguém quer isto de novo. E o governo precisa antes descascar este abacaxi…

 

Ideologias

 Li que as faculdades de economia no Brasil, são na maioria ruins e tomadas por ideologias. Jovens querem saber de economia e como ascender na vida com trabalho, mas sem esse ranço de ideologias. Até pouco tempo atrás, a Universidade Federal do Ceará tinha as disciplinas Marx 1 e Marx 2. As faculdades não falavam da teoria dos ciclos econômicos. Ensinavam apenas os estudos de John Keynes, para quem tudo é questão de subdemanda. Keynes fez suas linhas mestras em cima dos ciclos recessivos (Como se sabe recessão não é bom em nenhuma situação), tendo como um dos principais remédios, o investimento por parte do governo. O Estado seria o fiador. A esquerda dominava a academia, e alimentava o pensamento de que o Estado precisa tomar conta de tudo. A mentalidade anticapitalista faz com que os empresários virem vilões. Viceja certa teoria da exploração amparada na luta de classes. A cada geração esse raciocínio torto muda de nome: antes era rico contra pobre, depois veio o branco contra os não brancos, agora é homem contra mulher. Sempre existe um que explora oprimido. Daí existe a teoria: o empresário explora de fato? A pessoa escolheu sair do campo, onde vivia com dificuldade, pegou suas coisas voluntariamente e foi trabalhar na cidade. Se não foi obrigada, como pode haver exploração? É uma bobagem que precisa ser deixada de lado em favor do livre mercado. O Estado não pode ter só privilégios. Hoje, ele tem o monopólio dos Correios. Tem o monopólio da exploração dos rios e do subsolo. Mas onde o governo tem o monopólio o país quebra a cara. O Estado só deveria fazer aquilo que entregaria com a eficiência da iniciativa privada. Temos um pouco de mercado onde você pode comprar e vender, mas a definição das esquerdas diz que quem tem mais capacidade para produzir deve ajudar aquele com necessidade. Seria a socialização dos bens e dos meios de produção. O antissocialismo seria ter livres trocas. Nessa medida, não podemos soltar um pum sem precisar de um alvará ou reconhecimento de firma. Somos controlados desde o nascimento até a certidão de óbito.

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