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PETRÓLEO, O OURO NEGRO

De vez em quando saem noticias sobre descobertas de novos poços petrolíferos. O Pré-sal, a Petrobras, até pouco nossa estatal de referência, fazia sorrir os brasileiros de encontro ao futuro. O Brasil tem petróleo já escrevia Monteiro Lobato. E Carmem Miranda cantava: O Brasil tem petróleo pra dar e vender. Apesar disso, o Brasil ainda importa petróleo e a corrupção quase eliminou a nossa Petrobras… Uma estatal na mão de corruptos com a leniência de governos também corruptos.

Mas, o homem do século 21 está vivendo uma situação tal que, quase tudo depende do petróleo. Faltou chuva, são imediatamente acionadas as usinas movidas à petróleo para suprir as necessidades de consumo. Para nos convencermos disso, basta lembrarmos a longínquo ano de 1974, quando os exportadores de petróleo suspenderam o fornecimento de a alguns países, além de aumentar-lhe o preço… Meses depois falava-se em inflação mundial. O governo militar investia pesado no Pré-álcool. Álcool extraído da cana de açúcar e em 1979 surgiram os primeiros carros a álcool. O Fiat 147 foi a noiva da vez. Nos anos de 1990, o programa foi parcialmente abandonado devido à oferta no mercado internacional a preços acessíveis. Apesar de o petróleo ser o fornecedor de energia que impulsiona o progresso de nosso tempo, poucos se dão conta de que seja mais velho que o homem.

Segundo o livro Conheça o petróleo as jazidas de petróleo mais novas tem 10 milhões de anos e as mais antigas cerca de 40 milhões de anos.

Um egiptólogo francês, que talvez, 5000 anos antes de Cristo, os egípcios tenham usado petróleo para embalsamamento protegendo o corpo da putrefação, macerando-o com betume. O petróleo que as vezes vem sendo enaltecida como pomposo nome de ouro negro teve os mais variados nomes no decorrer da história do homem: betume, asfalto, alcatrão, lama rezina, azeite, nafta. E alguns desses nomes certamente chamaram à lembrança alguns textos da Bíblia:

Gên 6,14 Êx 2,3 e Jó 29,6.

Esquecemos um pouco à Europa, a Ásia… E voltemos à América do Sul. Antes que os espanhóis perturbassem a vida dos incas, os seus chefes usavam o alcatrão como unguento. Outro uso do alcatrão feito pelos incas, era o de arma de guerra: ponteiras de flechas eram embebidas em petróleo e lançadas acessas sobre o acampamento inimigo. Em 1527, no Peru, foi encontrada uma pequena refinaria preparada e mantida em atividade pelos índios. Sabia perfeitamente como colher o petróleo da fonte natural, armazená-lo, obtendo do líquido os mais diversos aproveitamentos. Até 1859, todo petróleo usado pelos homens vertia igual fonte de água. Foi aos 27 de agosto de 1859 que Edwin Laurentin Drake o coronel Drake, conseguiu fazer jorrar o petróleo do poço por incumbência de uma sociedade comercial, interessada em extrair óleo mineral para iluminação. Naquela data os financiadores de Drake, cansados com a demora da operação, com despesas elevadas já haviam despachado instruções ao seu preposto, determinando-lhe a suspensão do projeto. As instruções chegam atrasadas. E que na tarde calorenta daquele sábado 27 de agosto, a perfuratriz atolara numa espécie de frincha ou cova subterrânea. Como era sábado os perfuradores guardaram as ferramentas e voltaram para casa. Domingo, W. A. Smith, um ferreiro que ajudava Drake foi inspecionar o poço. Espantado, viu em torno dele um líquido escuro. Era petróleo. O bombeamento do poço rendia de 10 a 30 barris diários ao excelente preço de então: 20 dólares por barril. Cinco anos depois, nos Estados Unidos, já se havia constituído 543 companhias entregues ao novo ramo. Drake viveu o resto de seus dias como um rei do petróleo? Não… Leonardo da Vinci morreu sem poder voar, George Stephenson (inventor da locomotiva), não pode dar um confortável passeio de trem. Drake morreu pobre em 1880, beneficiado, apenas, por uma magra pensão.
REINOLDO

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