A atuação do psicólogo no outubro rosa
Caros leitores, vivendo os dias do outubro rosa, esta semana gostaria de dividir algumas informações que embora corriqueiras devem ser valorizadas e difundidas, principalmente por se tratar de salvar vidas. Afirmo sempre por aqui que a informação é a melhor e mais eficaz maneira de salvarmos vidas, e neste mês me sinto comprometida a alcançar e falar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer, especialmente o de mama.
O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos durante a década de 1990. Na época, vários estados daquele país aproveitavam o mês de outubro para fazer ações isoladas em relação à prevenção e ao diagnóstico do câncer de mama. Após essas ações algumas campanhas publicitária escolheram a cor rosa para representar o combate ao câncer de mama e isso se espalhou pelo mundo inclusive aqui em nosso pais. Por aqui o decimo mês é dedicado a campanha á ações com foco na prevenção e cuidados que deve ter em relação ao câncer de mama e principalmente a realização do auto exame.
O câncer de mama é com certeza uma das doenças mais temidas pelas mulheres devido à frequência com que ocorre e pelo fato de afetar a vida como todo.
Além dos efeitos psicológicos, afeta a sexualidade, a imagem pessoal da mulher (autoestima) e o diagnóstico e tratamento são vivenciados pela paciente e por toda a família gerando angústia, sofrimento, medo e ansiedade. Por isso é de extrema importância que a doença possa ser diagnosticado logo no início, tendo mais chances de recuperação e tratamento, isso é possível através do autoexame que as mulheres de todas as idades podem realizar em casa durante o banho ou após. O autoexame tem que ser realizado regularmente, ao menos uma vez por mês. Notando que existe qualquer anomalia na mama, um profissional da saúde deve se procurar prontamente um profissional de saúde.
A psicologia atua dentro desse contexto propiciando um acolhimento e um lugar de escuta para essa mulher e sua família, pois compreende que há também uma série de preocupações que a mulher passa a vivenciar como o medo de ser estigmatizada, a possibilidade de disseminação pelo corpo, a queda do cabelo, o efeito do tratamento sob o câncer e o relacionamento com o parceiro e os filhos. Por isso falar sobre o assunto faz com que o estigma em relação ao câncer de mama diminua e assim o preconceito, pois quanto mais pessoas se conscientizarem da importância do autoexame as chances serão muito maiores de cura da doença. O apoio dos familiares e amigos é imprescindível, pois apesar da doença parecer solitária, a paciente não precisa passar por essa luta sozinha, mas se acaso a família e amigos não souberem como lidar com a situação, procurar ajuda especializada faz toda a diferença tanto para a paciente quanto para aqueles que estão inseridos na família Aqui seguem algumas dicas para os familiares de quem está enfrentando essa árdua batalha:
– Ofereça apoio através da companhia, gestos e palavras, sem anular a capacidade e os desejos da paciente;
– Estimule a fala da pessoa que está passando pela doença deixe-a compartilhar as emoções, medos e dificuldades vividas no processo.
– Valorize a dor expressada; não banalize.
– Incentive-a a buscar grupo de apoio de mulheres que passaram ou estão passando pelo câncer de mama, pois a troca de experiência fortalecerá.
– Estimule o tratamento e acompanhamento psicoterapêutico.
O psicólogo visa manter o bem-estar psicológico do paciente, identificando e compreendendo os fatores emocionais que intervêm na sua saúde. Outros objetivos da terapia serão prevenir e reduzir os sintomas emocionais e físicos causados pelo câncer e seus tratamentos, levar o paciente a compreender o significado da experiência do adoecer, possibilitando assim ressignificações desse processo.
Durante o tratamento deve-se estar atento também aos distúrbios psicopatológicos, como depressão e ansiedade graves. Uma vez que a mulher ao confrontar-se com o diagnóstico e com as dificuldades dos tratamentos decorrentes, precisa de ajuda para desenvolver estratégias adaptativas frente as situações estressantes. Num espaço de acolhimento e escuta o terapeuta deve sempre trabalhar com a realidade. Quanto mais informado o paciente estiver de sua doença, maior será a sua capacidade de enfrentar o adoecer e mais confiança terá. Pacientes bem informados reagem melhor ao tratamento. Encerro afirmando existe tratamento, existe vida, existe saída.
Psicóloga Nezia Santos. Atendimentos online e presencial CRP:08/31716.
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