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Caros leitores, vamos continuar falando sobre buscas por respostas. Muito do nosso comportamento é afetado pelas suposições ou pelas ‘verdades recebidas’, as famosas crenças. Tomamos decisões com base no que achamos que sabemos. Sendo assim, nosso comportamento é impactado diretamente, uma vez que não questionamos ou exploramos essas verdades. Permita-me exemplificar: durante o período em que se acreditava que a terra era plana, havia pouca exploração. As pessoas temiam cair nas cachoeiras do fim do mundo caso viajassem para longe. Esse comportamento mudou em virtude da descoberta; começaram as navegações e as rotas de comércio. Nosso comportamento não é diferente: a correção de uma falsa suposição ou crença impulsiona nossa vida.
Viver sob a égide das crenças não resulta apenas em decisões ruins. Às vezes, quando acertamos, achamos que estamos corretos. Porém, vale a pena lembrar que não é porque o resultado foi o esperado que significa que vamos conseguir reproduzi-lo várias vezes. Vou exemplificar: tenho um amigo que trabalha com o mercado financeiro. Sempre que ele obtém ganho com as ações, ele atribui a sua capacidade técnica e habilidade de escolha. Porém, quando perde, culpa o mercado. Nada contra suas convicções, porém, sucesso ou fracasso dependem ou de sua habilidade ou da sorte. Não é possível que sejam as duas coisas.
Você deve estar perguntando: então, podemos garantir que nossas decisões sejam em suas totalidades acertadas? Respondo: não podemos. Existem momentos em que, após uma extensa pesquisa de dados lógicos que deveriam nos garantir sucesso, esquecemos de algum detalhe vital e o processo falha. Outras vezes, optamos por ignorar conselhos e informações e seguimos a ‘intuição’, e as coisas funcionam. As pessoas custam a entender que não existe uma linha de chegada igual para todos.
O que é sinônimo de sucesso para alguns não significa o mesmo para outros. Existem aqueles que decidem viver com as consequências de suas crenças e vivem sem sofrimento, outros que se sentem paralisados e frustrados. Minha conclusão é que cada instrução que fornecemos, cada resultado que desejamos, começa com a mesma coisa: uma decisão.
Te espero na terapia, até a próxima semana.
@neziapsicologa