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Caros leitores, se você está acompanhando nossas conversas por aqui, deve ter aprendido que emoções difíceis e desagradáveis fazem parte da experiência de todos, ainda assim não podemos viver sem elas. Se você acha que não deve se sentir ansioso, sente-se ansioso por se sentir ansioso, do mesmo modo se você se sente culpado por sentir raiva, então sentirá mais raiva, e ficará culpado, ansioso e confuso. E se acha que jamais deve sentir inveja de alguém que tem condições melhores que a sua, então terá grande dificuldade em enfrentar as desigualdades da vida.
Emoções dolorosas e desagradáveis são universais, você não é único, todos nós humanos somos capazes de sentir o que você sente, o motivo por que conseguimos falar sobre raiva, ansiedade e solidão com alguém é somente porque já vivenciamos essa experiência em algum momento da vida, portanto estamos conectados por esse sentimento. Deve estar me perguntando “e que diferença isso faz, saber que sinto a mesma coisa que os demais?”. Respondo baseado em minha experiência de consultório, faz toda a diferença, faz com que você se sinta menos inadequado, menos sozinho. Somo seres gregários, temos necessidades de identificação.
As emoções são os ouvidos que ouvimos os momentos da vida, é conhecido que em todas as culturas choramos e lamentamos a morte daqueles que amamos, ouvimos canções que falam de amor, perda e desejo, as emoções estão por toda a parte e clamam por ser escutadas e compreendidas. São elas que nos alertam, nos falam sobre nossas necessidades e nos conectam a algum significado. Medo nos dizem de perigos a serem evitados, raiva, pode sinalizar para senso de urgência e de justiça, solidão está ligada a falta de conexão.
Quando temos emoções significa que coisas importam para nós, atribuímos significados a experiência, porque nos importamos. Sem as emoções a vida seria robotizada, vazia e sem sentido. Encerro lançando uma pergunta para sua reflexão: O que suas emoções lhe falam? Você tem dado importância a essa voz?
Até a próxima semana.
@neziapsicologa.