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“Amo tanto que chega a doer”… caros leitores essa afirmação é muito comum durante os atendimentos, e chegou até mim através de uma paciente nesta semana e será o tema da nossa conversa. O amor é um sentimento que nos joga na montanha russa da vida, desde que somos tomados por ele pela primeira vez, vivemos a sensação de ir do céu ao inferno em questões de minutos e de longe posso afirmar que é o sentimento que mais motiva a procura por psicólogos e psiquiatras.
Sabemos bem o que é o amor e seus mecanismos sob o ponto de vista filosófico e artístico, onde ele representa o combustível para a vida plena e feliz, porém pouco se sabe sob o amor do ponto de vista cientifico. Então como tratar a “dor” da minha paciente? Inicialmente diria que não se deve reduzir um problema a uma solução já conhecida.
Seria fácil e obvio buscar por sintomas, comportamentos disfuncionais e é claro que em muitos casos os pacientes apresentariam possibilidades diagnósticas de transtornos ansiosos ou depressivos, porém controlados esses sintomas e remissivo o quadro diagnóstico ainda resta na fala do paciente a frustração amorosa. E aí o que fazer?
Na minha percepção diria que auxiliar o estabelecimento de vínculo real e estável seria o caminho, prestar atenção no outro, sem a necessidade de se apropriar das suas características, desejos e aspirações seria também uma parte deste caminho aliados ao fato não perder a identidade a fidelidade com relação aos valores e caráter pessoal.
Nas formas de amor não existe certo ou errado, mas existe saudável e patológico. Qual é sua? Em uma época em que se apregoa que todo amor vale a pena, deixo aqui o convite a reflexão.
Até a próxima semana.
@neziapsicologa
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