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As máscaras convenientes e convincentes

As máscaras surgiram em 30.000 anos A.C. onde era fabricada e ornamentada para ser usada em celebrações, cultos e rituais de povos primitivos. No Egito Antigo, as máscaras eram usadas na crença da passagem para a vida eterna. Colocavam uma máscara na face dos mortos. Os Gregos usavam as máscaras em cerimônias religiosas. Na China, as máscaras eram usadas para afastar os maus espíritos. Desde o início do século XX, as máscaras eram usadas no Teatro Oriental, como parte do figurino de suas peças. Já no Teatro Ocidental, as máscaras traduziam as expressões de alegria e de tristeza, representando os sentimentos do personagem. Na Itália eram usadas pelos “bobos da corte”, artistas do riso […]. 
No século XV, os historiadores registram o “Ball Masquê”, como o primeiro baile de máscaras. No Ball Masquê o uso de máscaras era obrigatório e satisfatório devido a constantes conflitos políticos. Os cortesãos mascarados faziam brincadeiras, confiantes no anonimato, extravasando todos os seus impulsos reprimidos, libertando-os das normas sociais. Em Veneza, as máscaras tornaram-se peças decorativas, transformando-se em principal atividade econômica para a região. http://www.carnaxe.com.br/history/mascaras/comosurgiu.html

Já não é muito frequente o uso das máscaras nas folias de carnaval, já não se deseja esconder muita coisa, pelo contrário.

Há muitas pessoas que não só usam máscaras, mas que de fato são verdadeiras máscaras, ou seja, um rosto bonito sem cérebro, nada além da aparência bonita da face.

Há outras, vivendo a fantasia de suas máscaras invisíveis materialmente, mas que estão impressas em seus caráteres deturpados, usam diariamente, as máscaras da bondade, para esconder a culpa, da falsidade, para esconder os sentimentos, da hipocrisia, para esconder a imoralidade, da generosidade para esconder o egoísmo, da humildade para esconder a da prepotência, da inocência para esconder a do espírito corrompido.

Vão e vem os carnavais e essas pessoas não tiram suas máscaras, já fazem parte do seu ‘traje’ os 365 dias do ano, a ponto delas mesmos acreditarem nessa fantasia.

Vão e vem carnavais! Vão e vem marchinhas engraçadas e envolventes! Mas depois na quarta-feira de cinzas o brasileiro volta a se lembrar das máscaras que não caem, das fantasias que fazem parte do nosso cotidiano. Então vem a revolta; pacífica, que o máximo que os levam é a reclamações em filas dos setores públicos e privados, mas que não passam disso.

Alguns se deliciam com as glamorosas festas de purpurinas e paetês, mas são os mesmos, que após a farra do carnaval, começam a reclamar do dinheiro público que foi gasto.

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