A amamentação na prevenção do câncer de mama

Por Thaise de Almeida Granzoto, Nutricionista e Consultora em Amamentação

Que a amamentação beneficia a saúde da criança todos nós sabemos, pois isso é amplamente divulgado. O leite materno é o alimento ideal para o bebê, devendo ser ofertado exclusivamente até os seis meses e complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais. Esses benefícios são a curto, médio e longo prazo, incluindo: o crescimento e desenvolvimento adequado; evita alergias, diarreias e infecções; previne a obesidade, diabetes, hipertensão e câncer; evita mortes infantis; entre inúmeros outros.

                O que muitos não sabem, é que amamentar também favorece a saúde materna, promovendo uma recuperação pós-parto mais rápida, evitando a depressão puerperal e, diminuindo as chances do desenvolvimento do câncer de mama, ovários e endométrio.

                Aproveitando o Outubro Rosa, vamos enfatizar nesta proteção contra o câncer de mama. Então, como isto acontece?

                Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), existem algumas teorias:

Enquanto o bebê suga o leite, o movimento promove uma espécie de esfoliação do tecido mamário e, caso haja células agredidas, estas são removidas e renovadas, favorecendo a saúde materna, sem prejuízos algum à saúde da criança;

Quando a lactação é cessada acontece à autodestruição das células, dentre elas algumas que poderiam ter alterações no material genético;

Durante o período de aleitamento, há uma redução nas taxas de determinados hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Ainda, estudos mostram que, a cada 12 meses de aleitamento, as chances de aparecimento de um tumor mamário diminuem em 4,3%. Portanto, quanto mais prolongada for a amamentação, maior a proteção.

Também há relação com a prevenção de outros tipos de câncer, como o de ovário, que poderia ser reduzido em 30% se as mulheres amamentassem por mais tempo. Estima-se uma redução de 2% de chances de ter a doença para cada mês de amamentação.

                Há ainda uma menor propensão ao câncer de endométrio. As mulheres que amamentam têm risco 11% menor de desenvolver a doença, se comparadas às que nunca amamentaram.

                Portanto, amamente e encoraje o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e procure manter a amamentação até os dois anos de idade ou mais.

 

O Câncer de Mama

É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma e, o diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura.

                O aparecimento do tumor está relacionado há vários fatores, como: mulheres com mais de 50 anos, alterações genéticas, história familiar de câncer de mama ou ovário, primeira menstruação antes dos 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter tido filhos, menopausa após os 55 anos, uso de contraceptivos hormonais, ter feito reposição hormonal, exposição frequente a radiações ionizantes (raio-x), consumo de bebida alcóolica, sedentarismo e excesso de peso.

                É importante que a mulher conheça sua mama e, observe sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias, procurando atendimento médico para avaliação.

                Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como: praticar regularmente atividade física, ter uma alimentação saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o uso de hormônicos sintéticos e, amamentar.

 

 

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