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Rádio, um império que está em decadência

Em dois mil e dezesseis o aluno de jornalismo Gian Ribeiro da UniCesumar publicou este artigo, que estamos trazendo aos nossos leitores, com muita tristeza, pois o rádio é um companheiro inseparável e indispensável na vida das pessoas. Mas a verdade é essa. Os empresários do rádio provavelmente estão inconscientes de que essa mídia é um meio de comunicação social, o que implica em muita ética, muito respeito aos seus ouvintes, como a responsabilidade de levar a cultura, a informação que contribua com a formação das pessoas e não tocar músicas de péssima qualidade, geralmente sertanejo universitário, que são verdadeiras apologias a imoralidade, aos vícios e a decadência da família. A realidade que vemos hoje e repito, com tristeza, é o ouvinte partindo para o rádio online, ouvindo rádios impecáveis, em seus estabelecimentos, escritório, consultórios, restaurantes, que permite uma harmonia cultural na inteiração, como a rádio Antena 1, Transamérica Pop ou Light,  Mix, Ouro Verde, Unicentro, Itapema (Florianópolis), Aparecida – SP. Diz o artigo:

O rádio é uma das maiores heranças midiáticas do Brasil. Grande parte do que vemos ainda hoje na televisão é fruto do rádio. Vários programas que assistimos cotidianamente, de auditório e até de jornalismo, migraram dessa mídia.

O surgimento da televisão levou ao rádio uma desleal concorrência – por causa da fuga dos melhores patrocínios, comunicadores e o benefício da imagem – mas o rádio resistiu. Embora o veículo pareça ser o meio de comunicação mais distante das nossas atuais tecnologias, ainda é muito utilizado. Uma das razões para que isso aconteça é que as pessoas passam algum tempo dentro de automóveis, e assim, o meio de comunicação mais seguro (porque evita distrações no trânsito) e acessível é o rádio.

Porém, o aparelho radiofônico tem caído em desuso, principalmente, nos domicílios brasileiros, como mostra o Mídia Dados Brasil (MDB). Desde 2008 o número de domicílios com rádio vem diminuindo. Em 2008 a posse do rádio estava em 88,9% dos domicílios e sofreu queda em todos os anos subsequentes. Neste ano a posse está em 66,9%, números decadentes para quem já foi a maior mídia do país.

Uma das razões desse declínio é o fato de que o rádio (e quando digo rádio, refiro-me aos idealizadores) não se reinventou e continua com conteúdos semelhantes aos da televisão. Só que a televisão tem o benefício da imagem e, na comparação, sempre sairá em vantagem.

Outra razão é que o rádio tem perdido a habilidade de manter talentos, sejam eles no humor, na música ou até mesmo no meio jornalístico.

Levando-se em conta a participação do ouvinte, a mídia está mais perto da comunidade do que a televisão. Deveria ser, portanto, um instrumento de maior integração social, ou seja, dar mais espaço para a comunidade. Poderia buscar pautas locais, criar fóruns de discussão (não só de temas locais, mas também, temas nacionais de opinião pública).

Segundo dados do IBGE são mais de 210 milhões de aparelhos celulares no Brasil e todos têm rádio. Então, a questão é que a mídia nunca perdeu espaço, e sim capacidade de renovar conteúdos.

Existe uma luz no fim do túnel. Espera-se que o rádio continue firme e forte, mas não só isso. Que faça a diferença entre as mídias e que produza cultura, educação e mais informação, novos ícones da comunicação e que seja a voz da sociedade.

Que o rádio nunca perca o poder de nos fazer imaginar e criar em nossa mente a imagem da palavra ouvida.

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