Violência contra a mulher ainda é um mal a ser combatido

A violência contra a mulher é sempre um tema polêmico. Existe aquela história de que ‘em briga de marido e mulher não se mete a colher’. Mas não é bem assim que as coisas funcionam na prática.

Conforme dados apresentados ontem, durante uma palestra no Cine Teatro, em Laranjeiras do Sul, nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativas de estrangulamento no Brasil, e também, 22 milhões de brasileiras passaram por algum tipo de assédio.

Os dados mais assustadores estão quando se fala em violência doméstica, já que 42% dos casos acontecem dentro de casa praticados por pessoas próximas. Desse total, apenas 52% denuncia a agressão.

Afinal, por que as demais se calam? A resposta pode ser resumida a uma palavra: medo. Além disso, outro fator que influencia a mulher a não denunciar é a dependência financeira.

Um dos instrumentos mais importantes para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres é a Lei Maria da Penha, criada em 2006. Esta lei, além de definir e tipificar as formas de violência contra as mulheres (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral), também prevê a criação de serviços especializados, como os que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, compostos por instituições de segurança pública, justiça, saúde, e da assistência social.

O enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres é uma importante demanda no que diz respeito a condições mais dignas e justas para as mulheres. É dever do Estado e uma demanda da sociedade enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres. Coibir, punir e erradicar todas as formas de violência devem ser preceitos fundamentais de um país que preze por uma sociedade justa e igualitária entre mulheres e homens.

 

 

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