Um pequeno avanço até a igualdade

O pensador William Hazlitt já dizia: o preconceito é filho da ignorância. E a ignorância acontece muitas vezes por apenas não conhecer o outro, por julgar e acusar sem realmente saber. 
O autismo ainda é um tabu a ser quebrado. Bem da verdade, muitas pessoas não sabem o que é uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Afinal, olhando para uma pessoa portadora, ninguém consegue perceber que ela tem algum tipo de transtorno.
Como bem descreveu a mãe Viviane Roth, cujo filho Natan, de 13 anos sofre do transtorno: O autismo compromete habilidades de comunicação e de interação social, em diferentes intensidades e muitas vezes despercebidas por quem não conhece o diagnóstico, ou seja, não se trata de nenhuma deficiência física ou mental, mas apenas algumas limitações.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) indica que, atualmente, a cada 160 crianças, uma tem o diagnóstico positivo para autismo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 38,5 milhões de crianças de 0 a 13 anos. Quando levado em consideração o índice da Opas, dessas, cerca de 241 mil seriam autistas. 
Porém, estima-se que esse número seja ainda maior, já que há uma grande dificuldade para se ter o diagnóstico do TEA. 

Sabendo disso, imagine a importância de você dar o tratamento adequado a essas pessoas. Foi por isso que o vereador Junior Gurtat apresentou um projeto de lei que cria em Laranjeiras do Sul uma Carteira de Identificação do Autista. Segundo ele, o objetivo é assegurar que a pessoa diagnosticada com TEA tenha um dispositivo a mais para garantir seus direitos constitucionais, incluindo o atendimento preferencial.

Para quem está de fora pode até parecer pouca coisa, mas certamente para quem tem alguém com TEA na família isso já é um grande avanço, por isso, finalizamos esse espaço com a frase dita pela mãe Viviane, quando fez o uso da tribuna, na sessão da Câmara: além de assegurar o respeito às limitações do portador, a carteira também serve de estímulo para a conscientização dessa realidade.

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