A pecuária leiteira do Paraná é a que mais cresceu ao longo das últimas duas décadas, tanto em produção (litros produzidos) quanto em produtividade (litros por cabeça). Esse avanço fez com que o Estado saltasse para terceiro colocado em ambos os rankings nacionais em 21 anos, evidenciando a posição de destaque do setor. Hoje, a atividade está presente nos 399 municípios do Paraná e gera cerca de R$ 5,7 bilhões por ano no Valor Bruto de Produção (VBP).
O crescimento exponencial da produção no Estado está diretamente relacionado à produtividade do plantel, que mais que dobrou em duas décadas. A média produzida por vaca pulou de 1,4 mil para 3 mil litros por ano: aumento de 111%. Apenas Santa Catarina (3,5 mil litros por ano, por animal) e Rio Grande do Sul (3,2 mil litros) superam o Paraná em produtividade. Todos os dados foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), com base no rebanho geral.
Um dos pilares deste crescimento indubitavelmente é a Emater-Pr, que não mede esforços em aperfeiçoar a produção, qualificando a mão de obra, incentivando o produtor e dando a devida assistência técnica ao segmento.
O resultado deste esforço é sentido a cada ano com o aumento da produtividade e principalmente da qualidade do leite produzido aqui.
A região da Cantuquiriguaçu conta com um projeto gerenciado pela Emater, dos mais importantes, inclusive, tido como um dos responsáveis pelo desenvolvimento da produção leiteira regional trata-se do Leite Competitivo, que trabalha todos os fundamentos da produção do leite, como seleção dos animais, alimentação, ordenha e conservação do produto.
O projeto Leite Competitivo teve início em 2017 e tem como proposta aumentar a renda das unidades de produção familiar orientadas. Para isso, os extensionistas e produtores trabalham com a meta de elevar em 50%, tanto a produtividade de leite dos animais quanto a produtividade de leite por hectare. Além disso, é objetivo garantir renda mensal média de 2,5 salários mínimos por família atendida e elevar a escola de produção de cada unidade produtiva em 125%.
Para chegar a este resultado, o projeto preconiza levar uma assistência técnica intensiva e continuada, estabelecer uma rede colaborativa de assistência técnica e extensão rural, profissionalizar o produtor para a gestão técnica, econômica e financeira da unidade de produção e definir parcerias estratégicas com empresas de laticínios.
Nada é conquistado por acaso, todo avanço depende de capacitação, organização, know how e investimento. Esse conjunto, está fazendo a diferença na produção leiteira da nossa região, graças ao empenho dos produtores, ao desprendimento dos técnicos da Emater, das prefeituras e do governo do estado, o resultado disso é que aqui na Cantu, o volume da bacia leiteira tem crescido em média mais de 10% ao ano, bem acima da média nacional.