Emoções em dose dupla

As emoções não são determinadas pelas circunstâncias, mas pelo que está acontecendo no íntimo da pessoa frente aquelas circunstâncias. Uma lista quase infinita de emoções como alegria, tristeza, raiva, inveja, medo, paixão…, são fundamentais para a vida, porém, a falta de controle das mesmas é tão grave quanto a sua inexistência. Civilizados ou brutos? No contato com famílias, ouço um rosário de fatos que me deixam reflexiva: mãe batendo no rosto da filha adolescente; marido mandando mulher embora, já que a “casa lhe pertence”; tapas, gritos e anorexia por motivos de ciúme;
Confidências atiradas na cara do outro, por vingança; amante e suposta amante (invadindo família de rival, por e-mail e outras violências; Assassinatos em série, gerando um clima generalizado de insegurança. 
A pesquisadora Alice Müller relata a história de Hittler e de uma dezena de déspotas, descrevendo-os como vítimas de agressão familiar, na infância. Certamente há relação entre violência da sociedade e guerra dentro de casa. Uma recente novela de grande audiência trouxe um personagem que batia na esposa como “resposta” por ter sido sistematicamente agredido pela própria mãe em sua infância. Então, perto de que extremo estamos?
Apesar do veloz avanço da tecnologia, no que tange a capacidade de conviver com os outros, parece que giramos tempo demais em torno do extremo da brutalidade. Recaímos em violência física, moral e psicológica.
Amar, odiar… É algo que se aprende. Sabemos que são experiências que a criança tem com os adultos que vão determinar, em grande parte, o tipo de relacionamento que ela vai estabelecer entre a criança e sua mãe e seu pai, ou a pessoa adulta que toma conta dela.
Amar, ser raivoso, grosso, invejoso, educado e gentil é algo que se aprende. É provável que esteja nos faltando e muito, a determinação, e esforço e o “exercício diário” para um inteligente controle de nossas emoções, permitindo-nos expressá-las somente em função da felicidade. O descontrole de emoções e sentimentos inviabiliza o convívio em sociedade. E o descontrole constante é responsável por doenças físicas e psicológicas.
Segundo investigadores, apenas 15% da felicidade provém dos bens e de fatores financeiros e 85% resulta de elementos como o controle sobre a vida e as boas relações pessoais. As emoções e sentimento não devem ser bloqueados nem reprimidos. Na dose certa, eles são fundamentais á saúde da personalidade. Falamos de “descontrole”. O termômetro de que uma emoção, por exemplo a raiva, passou da medida é quando você tem expressões inadequadas por um motivo que mereceria u simples aborrecimento.
No trabalho, esqueceram de enviar correspondência, pronto, você reivindica a cabeça do negligente, O marido deixa a porta do armário aberta, você sai “a caça” dele para xingá-lo. Por que este excesso?
Não existem fórmulas mágicas que possibilitem a pessoa o domínio de suas emoções. Existem métodos que auxiliam..
 

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