Covid-19: finalzinho, será?

Este discurso de “está tudo bem” é um insulto às pessoas que estão na linha de frente no combate à doença e também às famílias das vítimas

Ontem em discurso no Rio Grande Sul, o presidente Jair Bolsonaro , disse que estamos vivendo o finalzinho da pandemia e que o Brasil foi o país que se saiu melhor.
Muitas vezes o presidente parece estar vivendo em um mundo paralelo, afinal os casos no Brasil estão aumentando muito e o que tem aumentado também são as mortes por conta do vírus.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa. É a primeira vez que tantos estados aparecem simultaneamente com tendência de alta nas mortes pela doença desde que o consórcio começou a acompanhar essas tendências, em 9 de julho.
Muitas podem ser as causas do aumento de infectados, mas com certeza uma delas é o afrouxamento da população em geral com relação aos cuidados.
Que ideia Bolsonaro quer passar ao povo neste discurso? Que a pandemia acaba junto com 2020 e que nos desejos de ano novo basta que seja incluído o fim do vírus e isso se realiza na virada de ano? Infelizmente no mundo racional e real, as coisas não funcionam assim.
Que exemplo dá à população um presidente que se recusa a usar máscara e que sempre que pode minimiza um problema gigantesco que é sim, uma questão de vida e de morte. Ele insiste em falar da cloroquina, mas esquece que o melhor remédio é a prevenção.
Este discurso de “está tudo bem” é um insulto às pessoas que estão na linha de frente no combate à doença e também às famílias das vítimas.
Não estamos falando em lockdown, fechar tudo e que se dane a economia, não é isso, apenas esperamos que o momento em que vivemos seja tratado com realismo e que o exemplo venha daquele que nos governa.

 

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