A Plenitude: Uma pequena história para o Ano Novo

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Um jovem perguntou a um ancião:

_ Qual é a diferença entre aquilo que já fostes e aquilo que ainda serei?

O ancião respondeu:

_ Eu fui mais.

Mesmo que pareça que o dia jovem, que chega, seja mais do que o dia velho que se vai, o velho foi antes dele.

O jovem, mesmo que tenha tanto por vir, somente pode ser o que já foi, e se tornará mais quanto mais tiver sido.

Tal qual o velho em outros tempos, o jovem, no início, sobe bruscamente até o meio dia, alcança o zênite ainda antes do calor pleno, parecendo estar suspenso aí por um tempo, nas alturas, até que enquanto a tarde cai, mais e mais seu peso crescente o arrasta, de modo que o dia só fica completo se ele, como o velho, tiver sido todo.

Contudo, o que já foi não está passado.

Permanece porque já foi, continua agindo, por mais que já tenha sido e por causa do novo que o acompanha, assim se faz mais.

Assim como a gota redonda de uma nuvem que passou, o que já foi se funde ao mar que permanece.

Somente aquele que nunca pôde ser nada, porque nunca o sonhamos sem o haver experimentado, o que pensamos sem o haver realizado e que descartamos sem pagar o preço pelo que escolhemos, isso sim está passado. Disso não fica nada.

Portanto, o Deus do tempo justo se nos apresenta como um jovem com um topete na frente e uma carequinha atrás. Pela frente, podemos segurá-lo pela mecha, mas por trás pegamos o vazio.

O jovem então perguntou:

_ O que devo fazer para que em mim resulte o que tu já fostes?

O ancião respondeu:

_ Ser!

Texto de Bert Hellinger

Para 2023 é esse o meu desejo pra você, caro leitor: Sonhe, planeje e sobretudo SEJA!

SEJA o que sonhas. SEJA o que planejas! São os votos de Márcia Oliveira, siga-me no Instagram @pormarciaoliveira.