Estar fora da Ordem Familiar pode causar destinos trágicos

Você já parou para observar se há repetições de fatos difíceis na sua família?

No texto da semana passada falei sobre a Lei do Pertencimento, que é um profundo e inconsciente desejo por segurança, de necessidade de pertencer a um grupo, sem o qual ficaríamos vazios, sozinhos e sem identidade. Hoje vamos falar da segunda lei da Constelação Familiar que é a Lei da Hierarquia ou Ordem.

Esta Lei foi observada pelo padre alemão Bert Hellinger em seus inúmeros congressos pelo mundo, onde trabalhou com dinâmicas terapêuticas com famílias e casais, ele observou que todos os vínculos são baseados no amor, que para dar certo, o amor se submete a uma ordem e obedecendo à ordem certa, o amor alcança seu objetivo e a vida acontece com fluidez.

Na Lei da Hierarquia observa-se que ninguém pode tomar o lugar um do outro, não se pode inverter a ordem na família e os mais novos não devem tomar para si as dores dos mais antigos. Nesta Lei vemos que há uma ordem cronológica que marca a entrada dos integrantes num Sistema Familiar, que quem veio antes, veio antes e precisa que quem veio depois se mantenha no seu lugar. Aliás, cada um tem um lugar específico no Sistema Familiar e é ali que a vida floresce e dá certo.

Mas por amor e por necessidade de pertencer ao Sistema Familiar, entramos facilmente em desordem com essa lei, por exemplo, quando amamos tanto algum familiar que escolheríamos trocar de lugar com aquele que está passando por dificuldades, nisso iniciam-se desequilíbrios em várias áreas da vida e doenças que podem acometer até três ou quatro gerações com os mesmos distúrbios.

Você já parou para observar se há repetições de fatos difíceis na sua família?

Recentemente me procurou uma família de segunda união que temia a aproximação do vigésimo quinto aniversário de seu único filho. Contaram-me que um tio havia falecido repentina e tragicamente aos vinte e cinco anos, após ser atingido por um raio e que a primeira filha do pai, com a primeira esposa, também havia se acidentado e falecido com a mesma idade.

Ao iniciarmos a Constelação Familiar, percebi imediatamente que esse rapaz olhava para o pai e queria ajudá-lo com sua tristeza e luto, pela morte do irmão. Por amor ao pai e por compaixão, ele saía do seu lugar para ocupar o lugar do tio, colocando-se assim disponível para repetir o destino do tio… Quando algo assim se mostra na terapia é necessário levar todos os presentes a ver as implicações dos atos, mesmo que esse pai não quisesse mais eventos trágicos, por amor a ele, seus filhos seguiam inconscientemente por esse perigoso caminho. Somente quando o pai pôde olhar para seu luto e respeitar o destino de seu irmão, foi que seus filhos puderam ficar livres e voltar para seus lugares.

E quanto a você? Você se ocupa do seu lugar? Ou você é daquelas, daqueles que cuidam de todos os outros e se deixam para depois?

O seu lugar tem coisas valiosas que são só suas. O seu lugar tem bênçãos e presentes que só você pode receber, enquanto você se ocupa dos outros, seu destino muda e você não recebe todos os anos que estão destinados a você, na terra.

Pense nisso e se precisar de um olhar mais aprofundado para alguma questão, me procure no whatsapp (67) 9 9825 2547. Saiba que também atendo a distância e que passar por uma sessão de Constelação ou Orientação Sistêmica trará clareza dos próximos passos e recuperação da paz e do fluxo de saúde no seu Sistema Familiar.

Até semana que vem. Siga-me no Instagram @pormarciaoliveira e no Youtube Marcia Oliveira Desenvolvimento Humano.