POOR NIÁGARA!

 Os noticiários no rádio, televisão e jornais destacaram neste mês prestes a terminar o 80º aniversário do Parque Nacional do Iguaçu, criado efetivamente em 10 de janeiro de 1939, através do Decreto-Lei nº 1.035 do então Presidente da República, Getúlio Vargas. Em 17 de Novembro de 1986, recebeu a distinção, concedida pela UNESCO, de Patrimônio Natural da Humanidade. Para orgulho dos paranaenses esse espetáculo da natureza fica na divisa do nosso Estado com a Argentina e, obviamente, é um dos locais mais visitados por brasileiros e turistas de além mar. Atribui-se a Eleanor Roosevelt então primeira dama norte americana que esteve no Brasil em 1944 a exclamação Poor Niagara! (Pobre Niágara!) ao comparar a mais famosa queda d’água dos Estados Unidos na divisa com o Canadá com a grandiosidade e a beleza das Cataratas do Iguaçu. Tive em mãos e devo ter perdido um cartão postal muito antigo que mostra a senhora Eleanora, tendo ao fundo as Cataratas e abaixo grafada a exclamação Poor Niágara! que dita de forma espontânea põe no chinelo qualquer propaganda por mais elaborada que seja. Elogios, quando sinceros e inesperados são sempre bem-vindos. Lembro que há alguns anos fomos a um jogo de futsal em Rio Bonito do Iguaçu e com a Joana levamos a mãe de um atleta da rádio na qual eu também trabalhava. A jovem senhora que é nossa sobrinha sentou-se conosco e duas ou três vezes o jogador, seu filho veio até ela falar-lhe algo. Após o jogo, fomos convidados a um jantar quando alguns moços vieram até mim perguntar educadamente: Aquela moça que estava nas arquibancadas é irmã ou namorada do F? (declino o nome do atleta). Quando lhes disse que não era nem uma coisa e nem outra, mas a mãe do F ficaram realmente admirados. Penso que qualquer pessoa, especialmente as mulheres, devem se sentir lisonjeadas quando aparentam alguns ou vários anos a menos e até hoje a senhora ainda deve estar lembrada daquela manifestação gratuita e sincera dos jovens de Rio Bonito do Iguaçu que não foi feita diretamente a ela, mas a mim, seu tio que lhe contei.

Falando em idade lembro do Ronald Golias (im-memoriam) que dizia que seu tio tinha tantas rugas que para o boné entrar na cabeça era preciso rosqueá-lo.

Romanini, o filósofo: Estávamos na área externa da emissora quando o veterano e experiente radialista Henrique Romani que olhava o céu e um urubu planando saiu com essa: Admiro o urubu, ele conhece as correntes aéreas e plana como ninguém; não tem predador; vive mais de cem anos e, pra ele qualquer carniça é um banquete!   

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