Evidência versus ausência

A falta de evidência não é uma evidência da ausência.”

Esta frase atribuída a Carl Edward Sagan (astrônomo, astrofísico e escritor norte americano, 1934-1996) surgiu como ideia inicialmente em 1887, sendo desenvolvida por William Wright, e uma versão com essas exatas palavras surgiu em 1895, e foi atribuída a Dugald Bell. Carl Sagan foi o responsável por popularizá-la em suas divulgações científicas.

Sagan estava dizendo com essa frase que não é porquê uma comprovação sobre algo ainda não foi encontrada que esse algo não exista. Por exemplo, apesar das observações demonstrarem ausência de vida nas luas ou nos planetas pesquisados não é evidência que a vida inexista em algum lugar da galáxia ou além.

A ciência trabalha com questionamento sobre questões diversas. Ela, ao contrário da religião, não trabalho com dogmas, com fé nem com autoridade. O método científico ou problemático-hipotético, baseia-se na formulação de problemas, questões ou interrogações sobre a realidade e em como ela “funciona”. Já para cada objeto de pesquisa teremos técnicas diferentes para atingir as soluções propostas ou procuradas.

Considerando o título, a ciência não possui nenhum método para demonstrar a evidência ou a ausência de Deus, por exemplo. Daí que ela não se presta a essa busca, pois não há como testar a hipótese da existência ou não dele. Esse é um assunto que fica a cargo das religiões debaterem.

“Ser ou não ser”, “evidência ou ausência”, a ciência trabalha na busca de conhecer as origens e em como as coisas funcionam. Essa foi a busca de um antigo grupo que se autodenominava Illuminati quando criada por Adam Weishaupt (1748-1830) na Baviera e inspirada pelos ideais do iluminismo e que almejava promover a educação da razão e da filantropia e se opor à superstição e à influência religiosa na sociedade.

Jure et facto.