Setembro é o mês dedicado a prevenção do suicídio, e recebe o nome de setembro Amarelo. O tema, que há alguns anos não era debatido ou apenas de forma mais tímida, vem ganhado cada vez mais espaço. Infelizmente, na mesma medida acontecem os casos de suicídio.
O suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 a 29 anos, conforme a Organização Mundial da Saúde. O Paraná registrou 225 casos nesta faixa etária em 2018. Destes jovens, 54 tinham entre 15 a 19 anos e 171 entre 20 a 29 anos.
A Semana Estadual de Valorização da Vida e Prevenção do Suicídio foi instituída pela lei nº 18.871, de 2016, com ênfase para a data de 10 de setembro, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Ainda segundo a OMS, nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Por isso a importância de falar sobre o tema. A prevenção é fundamental para reverter o número de casos crescentes. A primeira medida preventiva é a educação. O tema precisa ser debatido, não é só em setembro, quando acontece a campanha, mas com certa frequência.
Atualmente, 32 brasileiros se suicidam por dia. No mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano. Sabe-se que os números são muito maiores, pois a subnotificação é reconhecida. Além disso, os especialistas estimam que o total de tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes.
Mas como buscar ajuda se muitas vezes a pessoa sequer sabe que pode receber apoio e que o que ela sente naquele momento é mais comum do que se divulga? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou familiar se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada?
É fato que o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo. O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável.