Animais eram capturados e mortos por injeção letal, câmara de gás, asfixia, entre outros sistemas de tortura animal
Na editoria Laranjeiras desta edição (página 3), abordamos o as atividades do projeto Castramóvel de Laranjeiras. O programa, criado pela prefeitura por meio de diversas secretarias, tinha como objetivo castrar 200 animais de rua entre cães e gatos, em um trailer adaptado para os serviços. O procedimento era realizado em animais de sete meses a sete anos e estava parado desde o ano passado.
Em meados dos anos 70 se popularizou o método para conter o crescimento, a conhecida ‘carrocinha’, um programa de recolhimento e extermínio de animais de rua, promovido por prefeituras e governos. Os animais eram capturados e se não fossem resgatados por tutores ou pela adoção em até três dias, eram mortos por injeção letal, câmara de gás, asfixia, entre outros sistemas de tortura animal.
A medida foi proibida em São Paulo em 17 de abril de 2008, que acabou com o ‘serviço’. Porém só em 2021 surgiu uma lei nacional extinguindo a carrocinha. Nos EUA ela ainda existe, dados de 2010 apresentam que dos animais recolhidos, 2,7 milhões foram adotados, enquanto 2,6 milhões foram mortos em abrigos, um empate entre a vida e a morte. Seria então essa a solução plausível em um país tão desenvolvido e que pune com rigidez quem maltrata animais?
A castração de animais de rua se tornou uma pauta recorrente pelo país, como uma alternativa saudável para conter o crescimento populacional de animais abandonados nas ruas, sem recorrer ao massacre deles, prevenindo o aumento da população pela castração. Que a volta do projeto Castramóvel, remodelado, continue prestando este serviço de sanidade pública essencial em Laranjeiras.