Coronavírus e seu arqui-inimigo, a vacina

A ineficácia da vacina é uma teoria tão válida quanto a da ‘terra plana’

Já fazem quase três anos desde que o mundo foi surpreendido por um estranho vírus na China que literalmente parou o planeta. O exato dia era 17 de novembro de 2019, quando foi identificada a primeira infecção conhecida da Covid-19 na cidade de Hubei. Em 31 de dezembro a OMS era notificada sobre diversos casos de pneumonia na China e aí se iniciavam as notícias sobre o novo vírus com potencial para causar uma pandemia. Em menos de dois meses o vírus chegou ao Brasil com o primeiro caso sendo notificado em 26 de fevereiro.

Às cegas, a humanidade precisou se reinventar frente ao novo inimigo, invisível e de difícil reconhecimento. Um ano depois, mais de 2 milhões de pessoas já haviam morrido para a doença. Em 2021 o número subiu para 4 milhões, mas no mesmo ano surgia a esperança do fim das mortes e também da quarentena, a vacina.

Em dezembro de 2020 os EUA já possuíam a primeira vacina contra a doença que demorou cerca de dois meses para chegar ao Brasil, sendo o primeiro lote liberado para o Ministério da Saúde em 14 de fevereiro. Assim começaram as fake news e desconfianças contra a única solução para o problema.

Em meio à cloroquina e ivermectina, as redes sociais foram bombardeadas com inverdades sobre a eficácia da vacinação. Das mais absurdas, algumas afirmavam que a vacina modificaria o DNA dos seres humanos, outras acreditavam que a vacina possuía um chip líquido para controle populacional e, a pior, que os imunizantes teriam relação com a transmissão de HIV.

Porém até hoje é possível ver diariamente fake news e novas publicações contrariando e negando a eficácia da vacina, alguns até afirmando que a vacina é mortal.

Nesta semana mesmo nos deparamos com um ‘print’ de uma publicação na rede social Twitter por uma pessoa aparentemente chamada Claudia. Nessa publicação, Claudia afirmava: “Médicos dos EUA alertam para parar de tomar vacinas contra a Covid, elas são tóxicas, letais, ineficazes e devem ser interrompidas…”; o texto seguia com afirmações sem base nem fonte alguma, apenas um vídeo de um suposto ‘médico americano’.

São nesses momentos que se faz a diferença em seguir um meio de comunicação confiável e que combata as fake news. Durante a pandemia, a mídia teve um papel de extrema importância em desmentir essas afirmações criadas através de teorias da conspiração ou devaneios. A ineficácia da vacina é uma teoria tão válida quanto a da ‘terra plana’, ou seja, inválida.

Como é possível ver na página 3 desta edição os casos de Covid-19 voltaram a subir em Laranjeiras do Sul, e como a equipe da Saúde presou em enfatizar, a vacina salva e é a única solução para parar a transmissão.