Covid-19: A que ponto chegamos

Muito se falou de uma segunda onda de Covid-19 ainda mais forte, da possibilidade de reinfecção, de uma mutação do vírus que seria ainda pior, de não ter leitos de UTIs e de outro lockdown. Pois é, tudo que mais temíamos se realizou.

Ontem (26) o estado do Paraná decretou que apenas serviços essenciais devem ser mantidos, os demais devem fechar as portas até o dia 8 de março, mas o provável é que o decreto seja prorrogado. Mas agora não se trata mais de uma simples análise de probabilidades, agora trata-se de vida e morte.

O Estado chegou a 94% de lotação de UTIs, ou seja, não demora até que tenham que escolher quem vive e quem morre.

E tudo isso causado por uma “gripezinha”. Esse é o resultado da inconsequência daqueles que minimizaram o problema dizendo que não era nada, que não precisava se preocupar.

E nós brasileiros fomos avisados, a Europa, os EUA, nos alertaram.

Temos a fama mundial de deixar tudo para a última hora, e nessa pandemia fizemos jus a ela. Deixamos a vacina para a última hora e agora estamos há anos luz de vacinar a população.

E oque falar de quem achou que máscara e álcool gel eram besteira. Chegamos a um nível tão alto de contaminação que não temos mais lugar nem nas enfermarias.

E quanto a quem festou e aglomerou sem pensar no dia de amanhã. O dia de manhã chegou e é um dia de luto.

Quantas mortes precoces, quantas pessoas que nos deixaram, parentes, amigos, conhecidos…

A que ponto chegamos.

Nem vamos citar as perdas dos comércios que ficarão fechados, pois a situação vai muito além de perdas materiais. Pra quem ainda duvida do quão mortal é esse vírus, que acorde, porque se você ou um familiar seu precisar de uma UTI para sobreviver, é capaz que não tenha lugar. Literalmente!

Chegamos ao fundo do poço, definitivamente. Mas não vamos esquecer aquele ditado: “por pior que esteja uma situação ela sempre pode piorar”.

O dano é gigantesco, mas a conscientização de cada um pode salvar muitas vidas.  

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