A violência doméstica, infelizmente vem crescendo dia a dia em nossa região. No entanto não existe um estudo específico sobre o porquê da gradação do problema.
O número de registros de violência doméstica no Paraná tem aumentado. De janeiro a junho deste ano foram 26.228 ocorrências, contra 21.048 no primeiro semestre do ano passado. O aumento foi de 24,6% (ou 5.180 registros a mais). São ocorrências de diversas naturezas, desde agressão verbal até lesão corporal, contra ambos os sexos, sempre dentro do ambiente doméstico.
Diariamente nos relatórios policiais estão descritas situações que beiram inclusive a crueldade, como um caso, em Laranjeiras do Sul, que o marido embriagado, queria obrigar sua esposa doente, com muitas dores, a trabalhar. Suas filhas interviram em defesa da mãe e foram agredidas. O episódio virou caso de polícia e o acusado foi levado para a delegacia.
No Paraná existem 20 Delegacias da Mulher, distribuídas por todo estado. Estes são os locais mais indicados para que vítimas de qualquer forma de violência doméstica possam buscar ajuda e orientação logo ao primeiro sinal de abuso.
Há anos, se fala na criação de uma delegacia da mulher em Laranjeiras do Sul, mas até o momento o assunto não saiu do discurso.
Certamente com instalação de uma delegacia especializada, as ocorrências não diminuiriam, no entanto, facilitaria em muito a resolução de casos e quem sabe intimidaria os autores.
No entanto, o problema da violência domésticas na região extrapola a razão, ele está intrínseco na nossa cultura, onde impera o machismo e a balela de que na relação, o homem manda e a mulher obedece.
E essa prática, por incrível que pareça, não é privilégio das classes menos abastadas e menos alfabetizadas, pois essa cultura atinge toda a pirâmide social, porém, como é praxe, o noticiário potencializa os casos registrados nas famílias mais humildes, dando a impressão que nas classes média e alta, o problema não existe. Ledo engano, existe sim e na mesma proporção.