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Meter a colher em briga de marido e mulher é dever!

Infelizmente tivemos esta semana na região, mais um caso de violência contra a mulher. Desta vez a vítima foi assassinada quando estava no banheiro de sua casa no Rio Quati, interior de Laranjeiras do Sul. O marido, acusado do crime, está preso na 2ª SDP, à disposição da Justiça.

Mas esse não foi um caso isolado, pois durante a semana, tivemos mulheres agredidas, ameaçadas e humilhadas.

Essas ocorrências são contumazes na nossa região e a violência contra a mulher é um dos crimes com maior número de registro nos municípios da jurisdição da Sub Divisão Policial.

Mas esse quadro de violência não é privilégio da nossa região. A violência contra a mulher é algo secular e impregnado na história do Brasil. Apenas após muitas décadas de lutas e reivindicações, passou-se a ter agendas políticas específicas em sua defesa. Durante todo o período colonial, imperial e, significativa parte do período republicano, não houve uma única lei específica de proteção de gênero.

O caso do Rio Quatti, a que nos referimos no início deste editorial, está sendo tratado como feminicídio.

De acordo com o delegado que atua no caso, Dr. Marcelo Trevisan, o suspeito tem histórico agressivo e controlador e já havia agredido a vítima em outras oportunidades.

Mas porque muitas mulheres agredidas não denunciam seus agressores?

De acordo com especialistas, as vítimas sentem medo de que o agressor volte a agir de maneira ainda mais violenta, diante do registro da ocorrência ou separação, de perder a guarda dos filhos ou fazê-los sofrer, de ficarem desamparadas financeiramente. Isso sem falar na vergonha, falta de confiança nas instituições de amparo e do risco de descrédito.

Talvez se na primeira vez a mulher assassinada no Rio Quati, tivesse denunciado o agressor, o pior não teria acontecido.

Há quase 13 anos em vigor, a Lei Maria da Penha contraria o ditado popular que diz que em briga de marido e mulher não se mete a colher.  Errado! Em casos de violência, denunciar é um dever de todos, a sociedade tem responsabilidade também. A gente não pode ser omisso ao ver um crime, é importante que as pessoas se posicionem e demonstrem indignação denunciado os casos de violência.

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