Mobilização nacional: tentativa de golpe

Foi defendido ontem (30) pelo líder do PSL Vitor Hugo, na Câmara de deputados, em reunião com líderes partidários, a votação no plenário de um projeto de lei que, se aprovado, daria ao presidente Jair Bolsonaro o poder de acionar, durante a pandemia, um dispositivo da chamada “mobilização nacional”, que é um instrumento legal que abrangente, reúne um conjunto de atividades planejadas, orientadas e empreendidas pelo Estado visando ao aumento rápido de recursos humanos e materiais disponíveis para a Defesa. Durante um conflito, a mobilização nacional canaliza todos os recursos do País – humanos, financeiros e materiais.

Pelo projeto de Vitor Hugo, a crise na saúde pública poderia ser usada como motivo para a mobilização. Pelo texto do deputado, o chefe do Executivo poderia tomar medidas que incluem a intervenção nos fatores de produção públicos e privados; requisição e ocupação de bens e serviços, além da convocação de civis e militares para ações determinadas pelo governo federal.

A proposta diz ainda que caberá ao presidente da República definir o “espaço geográfico do território nacional” em que as medidas de combate à pandemia seriam aplicadas.

Muitos julgam ser mais um golpe e que ninguém deveria permitir, pois os brasileiros já se encontram em desvantagem e isso seria apenas em uma situação de guerra e não convém neste momento. Isso seria permitir que Bolsonaro assumisse de imediato o comando de todos os servidores civis e militares, e até convocar quem não é servidor. Isso significa assumir o comando das polícias civis e militares.

É importante ter foco e pensar de maneira que se possa chegar a uma conclusão para ajudar a amenizar a pandemia, reduzir a deficiência da saúde que tanto necessita e não tentar um golpe.

Poder muitos almejam, mas a desvalorização do ser humano, que está sendo afetado por inúmeras injustiças e descaso, fazem tudo perder o sentido e continuar sem solução.

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