É muito preocupante para alguns especialistas em saúde a reabertura do comércio em Laranjeiras. Não pelos comerciantes, porque eles têm que trabalhar e tirar seu sustento, mas pelas pessoas que não tem consciência de ir para a rua e para o comércio apenas em caso de necessidade.
Há vários dias seguidos a UTI e a enfermaria do Instituto São José estão lotados e a secretaria de Saúde do município, preocupada com a situação, solicitou equipamentos para mais leitos e pelo menos mais uma vaga na UTI.
É incompreensível uma população estar diante destes fatos e mesmo assim não conseguir entender a gravidade da situação a ponto de estar disposta a se expor sem necessidade. Os boletins epidemiológicos diários publicados pela prefeitura deixam claro que a grande maioria dos casos não tem vínculo domiciliar, nem histórico de viagem. Ou seja, essas pessoas nem sabem onde podem ter se contaminado, ou quem pode tê-las contaminado.
E mesmo sabendo disso, as pessoas querem ir pra rua, fazer compras, passear, socializar… o que não está claro? Qual parte da afirmação: “não há vagas”, não ficou clara? Ou então: “se você precisar de um leito, não tem”. Não há como ser mais claro que isso.
A nova cepa do coronavírus que está em circulação é muito mais agressiva e por isso muitos acabam precisando de internamento e até mesmo de UTI, levando a situação de superlotação como a que estamos enfrentando não só em Laranjeiras, mas em toda a região.
Precisamos evitar um colapso em nosso sistema de saúde, não podemos deixar chegar ao ponto de ter que escolher quem vive e quem morre.
Somos incansáveis em dizer: “continuem os cuidados, usem máscara, álcool gel, mantenham o distanciamento, não participem de aglomerações”.