Excesso de chuvas prejudicaram muito os produtores de soja no Paraná. O plantio atrasou devido a estiagem no fim do ano passado. Depois elas foram irregulares, mas ainda assim serviram para que as lavouras se desenvolvessem bem. Mas na reta final da safra, prestes a iniciar a colheita, as instabilidades retornaram com regularidade e trarão prejuízos para os produtores.
Na região muitos relataram que em áreas já dissecadas e prontas para colher, há a incidencia de grãos ardidos e soja brotando direto das vagens.
Além dos problemas na soja já pronta para colher, há também danos na soja ainda em fase de desenvolvimento. Com esse aumento da umidade e a falta de sol, pode ser notada a incidência de ferrugem asiática em algumas plantações. Há também relatos de mofo branco, antracnose e até surgimento de lagartas. E o que preocupou os agricultores é que com as chuvas as aplicações de fungicidas e inseticidas atrasaram muito.
É esperada uma diminuição significativa na produtividade. E não se sabe quanto as cooperativas irão descontar desses grãos ardidos. Em Laranjeiras foi colhida uma área com quase 30% de grãos ardidos, sendo que a tolerância é de 4%.
O preço da saca pode até estar alto, mas o produtor não terá lucros, pelo contrário. Como se já não bastasse o estrago causado pelas chuvas, o preço dos insumos aumenta a cada dia e atrapalha os produtores.
Muitos destes agricultores endividam-se para poder plantar, financiam maquinário contando com o lucro das lavouras. Para eles só resta o prejuízo e a coragem de recomeçar na próxima safra.