Será um déjà-vu?

Assim como o setor policial anda movimento na região, o cenário político está fervilhando desde a delação dos irmãos Batista, da JBS.

Ontem, a Ordem dos Advogados do Brasil entregou à Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer.

No documento, a entidade argumenta que o presidente cometeu crime de responsabilidade e faltou com o decoro ao receber no Palácio do Jaburu o empresário Joesley Batista, dono da JBS, um dos investigados na Operação Lava Jato.

O documento foi entregue pessoalmente pelo presidente da OAB, Cláudio Lamachia, que disse que, apesar de não haver comprovação da legitimidade dos áudios gravados por Joesley, o presidente, em nenhum momento que o encontro realmente aconteceu.

Porém, na petição, a OAB afirma que o resultado da perícia não vai interferir na decisão da entidade.

Além do da OAB, 13 pedidos de impeachment já foram protocolados na Câmara desde o último dia 17.

A decisão da OAB pelo pedido de impeachment foi tomada pelo conselho pleno da entidade no último fim de semana, por 25 votos a 1. Este é o terceiro pedido de afastamento de presidentes da República apresentado pela entidade. O primeiro, em conjunto com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), ocorreu em 1992, foi pelo impedimento de Fernando Collor. O mais recente, no ano passado, envolveu a então presidenta Dilma Rousseff.

É claro que a decisão de acatar, ou não, os pedidos e abrir um processo de afastamento de Temer é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. No entanto, caso siga pelo mesmo caminho dos outros dois pedidos, já sabemos que o resultado não será nada bom para Temer.

Nesse caso, como já citado anteriormente neste impresso, após 30 dias, devem acontecer eleições diretas. Mas isso ainda deve demorar 5, 6 meses para acontecer. Até lá, muita lama ainda ser tirada debaixo do tapete.

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