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Spoiler do filme do Rei Leão

Este mês de julho tivemos a estréia do filme o rei leão, um desenho que já tem 25 anos e que com as novas tecnologias desse mundo cinematográfico ganhou essa nova roupagem de filme.

O meu convite é para refletirmos nessa linda estória do rei leão, onde o pequeno Simba, o filho do rei é induzido por seu tio mau a fugir de seu destino,  após um grave acidente que gerou a morte de seu pai. E então o que seria natural dentro do ciclo da vida, que é o filho assumir o lugar do pai, não acontece por causa da ganância e mau caratismo do tio, fazendo com que, o então reizinho fuja desesperado de medo e vergonha.

Ao chegar a um lugar distante no meio da selva encontra aqueles dois personagens queridíssimos, o Timão e o Pumba que ao se depararem com um leão, ainda que filhote, eles sabem que se trata de um leão e conhecem a sua potencialidade, e, portanto se preocupam, tornam – se amigos e maquinam a mudança do perfil desse animal, onde o leão passa a ser vegetariano (comendo somente ervas e pequenos insetos e larvas) e ensinam a ele um novo estilo de vida, o Hakuna Matata que significa esqueça seus problemas e viva como se eles não existissem.  

Na vida real, muitas pessoas não tem sido diferente, pessoas que deixam de viver o que de fato são, para viver uma personagem que agrade a todos, pessoas que seguindo opiniões erradas, ao invés de assumir o seu papel, e enfrentarem seus problemas,  vivem um eterno hakuna matata, ou seja, vivem fugindo de seus problemas.  Contudo, assim como no filme, o ciclo da vida precisa retornar ao natural,  e isso acontece quando Simba é encontrado pelo macaco Rafiki, que com seu cajado em punho dá uma pancada na cabeça do jovem leão,  apresentando à ele, a necessidade de dar fim aquele personagem que está vivendo e viver o que está reservado para ele no ciclo natural da vida. Ser rei!

Só que na vida real, nem sempre o Rafiki aparece e aplica somente um golpe, que no caso do filme não foi para machucar, mas para chamar a atenção do jovem leão, por vezes esse golpe é duro, é traumático, pode ser que no decorrer da vida, vários Rafiki’s apareçam, em forma de alguns aspectos como: a morte dos pais, um casamento, o nascimento de um filho, uma mudança de estilo de vida, esses ‘golpes’ podem ser sinalizadores de que é necessário viver a realidade, e não empreender uma fuga para o estilo hakuna matata. A verdade é que a vida nem sempre ensina com amor.

A probabilidade de aparecerem na jornada da vida, pessoas que lhe golpearão com amor para chamar sua atenção para realidade, é menor do que o aparecimento de Timão’s e Pumba’s que possuem o seu valor, pois ajudam o individuo a manter-se vivo, contudo levam a vivenciarem uma forma não natural do ciclo da vida e induzem a viver deixando os problemas longe dos olhos e da mente, porém sabemos que isso não pode perdurar por muito tempo. Aprender o enfrentamento dos problemas pode ser doloroso, mas é necessário. Assim como é indispensável o conhecimento de quem somos nessa jornada, buscando vivenciar cada ciclo dela com autenticidade, fugindo não dos problemas, mas do engodo de querer ser aquilo que não é.

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