Apelo em favor dos animais

Aos que veem luzes nestas letras, que traçam a estrada da Evolução Espiritual, e não se acham mas escravizados pelo gênio do mundo, à erva que seduz, às flores que encantam, tenham compaixão dos pobres animais, não os espanquem, não os maltratem, não os repudiem (não os escorracem)!

                Lembrem-se, amigos, que o Pai, em sua infinita misericórdia cerca-nos de carinhos, e, prevendo a deficiência de seus Espíritos infantis, lhes dá fartas colheitas sem a exigência de que semeiem ou plantem: prados cobertos de ervas e flores odorosas, bosques sóbrios, planícies e planaltos, onde não faltam os frutos da vida; rios, lagos e mares, por onde se escoam os raios do Sol, a luz da Lua, o brilho das estrelas!

                Sejam bons para com os seus irmãos inferiores, como desejam que o Pai Celestial lhes cerque de carinho e amor.

                Não encerrem em gaiolas os pássaros que Deus criou para povoarem os ares, nem armem ciladas aos animais que habitam as matas e os campos (o que resta deles).

                Renunciem às caçadas, diversão vil das almas baixas, que se alegram com os estertores das dores alheias, sem pensar que poderão também vir a ter dores angustiosas, e que, nesses momentos, em vez de risos e alegria, precisarão de bálsamo e misericórdia…!

                Homens! Tratem bem os seus animais, limpem-nos, curem-nos, alimentem-nos fartamente, deem-lhes descanso, folga no serviço, porque são eles que os ajudam na vida, são eles que os auxiliam na manutenção de suas famílias, na criação de seus filhos.

                Acariciem seus animais – de estimação – deem-lhes remédio na enfermidade, tratamento, liberdade e repouso na velhice.

                Não sobrecarreguem os animais que os servem como fazem com as pessoas os escribas e fariseus, impondo-lhes pesados fardos que eles nem com a ponta do dedo os querem tocar.!

                Lembrem-se que os animais são seres vivos, que sentem, que se cansam, que têm força e inteligência limitadas, e que finalmente pensam, e que em limitada linguagem acusam  a sua impotência, a sua fadiga irreparável aos golpes com são oprimidos.

                A MANIFESTAÇÃO DE UM CÃO

                A imprensa de além-mar – Morning Post (1938) nestes últimos anos se tem ocupado muito dos fenômenos psíquicos, porque parece serem eles o assunto predileto dos leitores (daquele tempo). Jornais europeus, de grande tiragem, bem como a imprensa americana, que tira mais de um milhão de exemplares, na edição da manhã, e mais ou menos na edição da noite, todos se referem… a esse fenômeno que vem chamar a atenção para a imortalidade da alma.

Uma senhora ficou muito triste com a morte do seu cão. Na noite seguinte ela vê o cão aproximar-se de seu leito. Na outra noite, o cachorrinho apareceu ainda, mas desta vez acompanhado por um cão d’água*.  Ora esta senhora habita uma casa alugada. E indo visitar seus proprietários, ela conta-lhes esta história; então, eles pedem-lhe que descreva o outro cão que ela vira… satisfeito o pedido, eles dizem: – É justamente o nosso pequeno cão; ele morreu quando habitávamos a casa, e foi enterrado no jardim! A locatária ignorava completamente os detalhes retrospectivos.

                É outro caso bem interessante de dupla manifestação, com dupla identidade, de dois cães mortos. Se não houve alma no cão, como poderia ele aparecer depois de morto?

 

Livro: GÊNESE DA ALMA. Cairbar Schutel.  Casa Editora o Clarim. Matão – SP. 6ª Ed. 1982.

Manoel Ataídes Pinheiro de Souza – Sociedade Espírita Amor e Conhecimento. Guaraniaçu – PR manoelataides@gmail.com

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