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CARGAS ELÉTRICAS E CARGAS MENTAIS

Nas camadas atmosféricas – As correntes de elétrons livres estão em toda parte.

                Nos dias estivais, os conjuntos de átomos ou moléculas de água sobem às camadas atmosféricas mais altas, com o ar aquecido. Nas zonas de altitude fria, aglutinam-se formando gotas que, em seguida, tombam na direção do solo, em razão de seu peso.

                Todavia, as gotas que vertem de cima, sem chegarem ao chão, por se evaporarem na viagem de retorno, são surpreendidas em caminho pelas correntes de ar aquecido em ascensão e, atritando os elementos nesse encontro, o ar quente, na subida, extrai das moléculas dágua os elétrons livres que a elas se encontram fracamente aderidos, arrastando-os em turbilhões para a altura, acumulando-os nas nuvens, que se tornam então eletricamente carregadas.

                Quando as correntes eletrônicas aí agregadas tiverem atingido certo valor, assemelham-se as nuvens à máquinas de volts, das quais os elétrons em massa, na forma de relâmpagos, saltam para outras nuvens ou para a terra, provocando descargas que às vezes, tomam a feição de faíscas elétricas, em meio de aguaceiros e trovoadas.

                Em identidade de circunstâncias, quando o planeta terrestre se encontra na direção de explosões eletrônicas partidas do Sol, cargas imensas de elétrons perturbam o campo terrestre, responsabilizando-se pelas tempestades magnéticas que afetam todos os processos vitais do Globo, – a existência humana inclusive, porquanto costumam desarticular as válvulas (áreas) microscópicas do cérebro humano, impondo-lhes alterações nocivas, tanto quanto desequilibram os circuitos dos aparelhos radiofônicos, prejudicando-lhes as transmissões.

                Correntes de elétrons mentais Dentro de certa analogia, temos também as correntes de elétrons mentais, por toda a parte, formando cargas que vagueiam, entre eles, à maneira de campos elétricos que acabam atraídos por aqueles que, excessivamente carregados, se lhe afeiçoem à natureza.

                Recorrendo à imagem da caneta-tinteiro, em atrito com o pano de lã, e da máquina eletrostática, em que os elétrons se condicionam para a produção de centelhas, lembraremos que toda compressão de agentes mentais, através da atenção, gera em nossa alma estados indutivos pelos quais atraímos cargas de pensamentos em sintonia com os nossos…  A leitura de certa página, a consulta a esse ou aquele livro, determinada conversação, ou o interesse voltado para esse ou aquele assunto, nos colocam em correlação espontânea com as inteligências encarnadas e desencarnadas que com eles se harmonizem, por intermédio das cargas mentais que acumulamos e emitimos, na forma de quadros ou centelhas em série, com que aliciamos para nosso convívio mental os que se entregam a ideações análogas às nossas.

                Não nos propomos afirmar que o fenômeno da caneta-tinteiro ou do aparelho eletrostático seja igual à ocorrência de indução mental no cérebro. Assinalamos apenas a analogia de superfície, para salientar a importância dos nossos pensamentos concentrados em certo sentido, porque é pela projeção de nossas idéias que nos vinculamos à Inteligências inferiores ou superiores de nosso caminho.

                E para estampar, com mais segurança, a nossa necessidade de equilíbrio, perante a vida, recordemos que à maneira das correntes incessantes de força, que à maneira das correntes incessantes de força, que sustentam a Natureza terrestre, também o pensamento circula ininterrupto, no campo magnético de cada Espírito, extravasando-se para além dele, com as essências características de cada um.

                Queira ou não, cada alma possui no próprio pensamento a fonte inestancável das próprias energias.

                Correntes vivas fluem do íntimo de cada Inteligência, a se lhe projetarem no “halo energético” estruturando-lhe a aura ou fotosfera psíquica, à base de cargas magnéticas constantes, conforme a natureza que lhes é peculiar, de certa forma semelhantes à correntes de força que partem da massa planetária, compondo a atmosfera que a envolve…

 

Livro: NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE. André Luiz (Espírito). Por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Federação Espírita Brasileira. Rio de Janeiro – RJ. 24ª Ed. 2004.

Manoel Ataídes Pinheiro de Souza, CEAC Guaraniaçu PR. manoelataides@gmail.com

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