Na boa luta

A seara do bem que Jesus nos descortina se revela por trabalho árduo, com alicerces no espírito de equipe. Serviço de confraternização e apoio mútuo em que os tarefeiros, de corações interligados e mãos unidas, são convocados a duro labor, começando no burilamento de si mesmos.

À face disso, cada núcleo de atividade espírita, evidenciando-se na condição de posto avançado do Cristianismo redivivo, há de ser, por força de suas próprias finalidades, um campo de peleja moral, onde os lidadores atuam, armados com recursos da alma, quais sejam o entendimento e a tolerância, a bondade e a paciência, a humildade e a abnegação, baseados no amor que o Cristo nos legou.

Ponderemos, quanto a isso, e reconheçamos a nossa obrigação de trabalhar pelo bem para que se faça em toda parte, o bem de todos. Lavrar o solo do espírito com os instrumentos do estudo, semear a compreensão, difundir os valores humanos, exemplificar lealdade aos compromissos esposados na oficina de elevação, espalhar para os outros, tanto quanto possível, as bênçãos do Senhor.

Justo que nessas linhas de batalha espiritual apareçam ocorrências menos felizes. De quando em quando, companheiros caem alvejados por inimigos da luz, através das brechas que eles mesmos formaram, requisitando amparo urgente na retaguarda; muitos recuam assustados, ao observarem a extensão da obra a fazer; outros exigem férias ou licenças indefinidas, receando obstáculos; e outros, ainda, fogem amedrontados, ante os riscos da luta.

Em favor de todos, Jesus Cristo, o Supremo Comandante das Hostes do Bem, promove e promoverá sempre o socorro adequado, nas condições precisas; entretanto, a fim de compreendermos nossas próprias dificuldades, recordemos que, no grupo constituído por ele mesmo, Jesus, nos primeiros dias do Evangelho, conquanto a equipe se erigisse tão somente com doze companheiros, não faltaram problemas e desarmonias, negações e deserções.

Reflitamos nisso e, aceitando as nossas responsabilidades de trabalhar e servir, estejamos com o Divino Mestre, nas provas e aflições da frente, seguindo para a frente…

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Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através dos pequeninos gestos de tolerância e bondade e o programa de trabalho a que a vida nos indique ganhará absoluta eficiência de execução.

Seja na vida particular ou portas a dentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira do ressentimento ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues à irritação.

Tenta a humildade.

 

Do Livro: MÃOS UNIDAS. Emmanuel (Espírito). Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Instituto de Difusão Espírita. Araras – SP. 22ª Ed. 2002. Pág. 25-27 e 63.

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