PADRÕES DE COMPORTAMENTO: MUDANÇAS Introvertidos e Extrovertidos

O comportamento desvela ao exterior a realidade íntima do ser humano. Nem sempre, porém, tal manifestação se reveste de autenticidade, pois que muitos fatores contribuem para mascarar-se o que se é, numa demonstração apenas do se aparenta ser…

                Na grande mole humana destacam-se os biótipos introvertidos e extrovertidos.

                Os primeiros, na etapa inicial do desenvolvimento psicológico, assumem uma atitude tímida e fazem a introspecção. Passada a fase de auto-análise, torna-se-lhes indispensável a extroversão, o relacionamento, rompendo a cortina que os oculta e desvelando-se.

                Os segundos, normalmente, escondem a sua realidade e conflitos erguendo uma névoa densa pela exteriorização que se permitem, inseguros e instáveis. Descobrindo-se honestamente, diminuem a loquacidade e, reflexionando, assumem um comportamento saudável, sem excesso de ruídos nem ausência deles…

                Os padrões de comportamento estão estabelecidos através de parâmetros nem sempre fundamentados em valores reais. Aceitos como de conveniência, aqueles que foram considerados corretos, podem ser classificados como sociais, culturais, morais e religiosos…

                Nos comportamentos sociais estão estabelecidas as regras do bom-tom, para deixar e transmitir impressões agradáveis, compensadoras.

                As pessoas submetem-se às pequenas ou grandes regras de etiqueta, do convívio social, sempre preocupadas em dissimular os sentimentos, de modo que produzam os resultados adrede esperados.

                O comportamento cultural reúne as aquisições intelectuais, artísticas, desportivas, mediante as quais a exibição do ego gera constrangimentos perturbadores, às vezes despertando fenômenos competitivos e de presunção lamentável, em total desrespeito pelo si, pela pessoa humana real…

                Logo após, nos raros momentos de auto-encontro, surgem-lhes as depressões, que são asfixiadas sob a ação dos alcoólicos, das drogas aditivas, da auto-emulação exibicionista com que fogem da realidade interna para lugar nenhum.

O comportamento moral está sujeito aos imperativos legais, estabelecidos conforme o imediatismo dos interesses de grupos e legisladores, às vezes desavisados, que pensam mais em seus prazeres do que no bem geral da comunidade que lhes paga para servir…

Na área do comportamento religioso, inúmeras imposições castradoras contribuem para condutas falsas, sem qualquer consideração pelos fundamentos das Doutrinas que se devem pautar pelos processos de libertação das consciências, e não de apavoramento, de pressão, de hipocrisia, de discriminação.

                Jesus conclamou os Seus seguidores à busca da Verdade que liberta em cujo comportamento se fundem o ego e o eu, numa formulação de amor sem máscaras e sem conflitos.

                O Outro, que facilita o diálogo, Deus, é a Fonte que se deve buscar para atingir a plenitude, a felicidade existencial.

               

                Livro: O SER CONSCIENTE. Joanna de Ângelis (Espírito), psicografia de Divaldo Pereira Franco. Livraria Espírita Alvorada Editora. 6ª ed. Salvador. BA. 1997. Pág. 84-88.

Manoel Ataídes Pinheiro de Souza. Sociedade Espírita Amor e Conhecimento, Guaraniaçu – PR.

manoelataides@gmail.com

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