PLENITUDE! – A META

O homem e a mulher, conscientes das resonsabilidades que lhes dizem respeito, estabelecem metas de realizações que passam a conquistar, a pouco e pouco, promovendo-se no processo da evolução.
À medida que galgam um patamar, logo outro se apresenta, atraente e desafiador, constituindo-se um tenovado, incessante estímulo ao desenvolvimento das potencialidades adormecidas.
E razão disso, apresentam-se-lhes metas educacionais, familiares, sociais, econômicas, artísticas, espirituais. Esse elenco de aspirações compõe o quadro das conquistas a serem logradas, mediante o desempenho lúcido de cada uma, superando os óbices que surgem como fenômenos impeditivos.
Qualquer ascensão exige esforço, assim como toda mudança propõe ampliação ou renovação de paradigma. As grandes conquistas da humanidade firmaram-se mediante a superação dos paradigmas então vigentes, ficando-se pelos valores de que se constituíram, com caráter propulsionador do progresso.
A mudança de um paradigma aceito, por outro desconhecido, produz reações que equivalem ao prazer de preservar os valores estabelecidos nos moldes em que se apresentam. De um lado, a reação procede da acomodação dos que se beneficiam deles e, do outro, do esforço que propões para a renovação, alterando a paisagem emocional e cultural retrógrada, que teima por permanecer.
Essa mudança que se faz com frequência, notada ou não, são as metas da sociedade propressista, que se operam por força das próprias conquistas.
O conhecimento – a cultura e as conquistas tecnológicas da humanidade – no momento duplica-se em cada quatro anos, constituindo-se um imperativo pesado, para a criatura, acompanhar e assimilar as novas informações. No entanto, no limiar do próximo milênio, essas aquisições serão de tal monta, que se fará a duplicação em apenas vinte meses.
Ocorre, então, que o homem e a mulher que se não renovem e se não adaptem ao processo da evolução, ficarão ultrapassados, permanecendo obsoletos.
Faz-se necessária a coragem, de os indivíduos, no contínuo desagio da evolução, periodicamete, reciclarem-se, reconhecerendo-se ultrapassados no contexto da socieade, ora eminentemente tecnicista e imediatista.
As metas humanas, por isso mesmo, devem apresentar-se multifacetadas, para que as realizações morais – metas relevantes – evitem a desumanização, a robotização do ser.
Constituída de implementos psicológicos que lhe regem a vida, a criatura humana necessita da adequação de suas metas aos valores espirituais, que ultrapassam os limites-barreiras corporais, ajudando-a no encontro da consciência transcendental.
Num primeiro momento, como é natural, as metas educacionais formarão o seu cabedal de conhecimento; as familiares ensejarão a aprendizagem no laboratório doméstico, desenvolvendo os sentimentos do amor, do inter-relacionamento pessoal; as sociais ampliarão o círculo da afetividade, favorecendo o rescimento do grupo; as econômicas fomentarão o equilíbrio inanceiro e a harmonia entre as pessoas; as artísticas contribuirão para o belo, o estético, o idea; as espirituais, no entanto, coroarão as realizações do processo evolutivo, levando à plenitude.
Não raro, conquistada a primeira meta, se o homem e a mulher não forem lúcidos para perceberem estar ensaiando os futuros passos no rumo da sua realização plenificadora, logo mais se descobrirão saturados, desmotivados de novas incursões descambando no pessimismo, na frustração.
A incessante renovação dos valores, para melhor, torna-se motivação permanente para a estruturação do ser real, profundo, vitorioso sobre si mesmo.
As metas humanas, imediatas, são estimuladoras para a existência terrestre, a corporal. Quando acrescidas pela identificação com a Consciência Cósmica, permanecem como força propulsora para o progresso sem limite.
O homem e a mulher triunfadores, aos olhos do mundo, talvez sejam aqueles que brilham na Terra, que galgam os degraus do êxito ilusório, às vezes com o ração pejado de angústias e o espírito ralado de dores.
Somente aquele que se libertam a emam, após atravessarem as ficuldades e ultrapassarem as metas iniciais do processo terrestre – social, familiar, pessoal – permanecendo voltados para o bem geral transformados interiormente, assim como iluminados pela chama da imortalidade, nela mergulhados pela própria causalidade, fruirão da real plenitude – que é a meta essencial.

Livro: AUTODESCOBRIMENTO Uma Busca Interior. Joanna de Ângelis (Espírito). Psicografia Divaldo Pereira Franco. Livraria Espírita Alvorada Editora. 16ª ed. Salvador. BA. 1995.
Manoel Ataídes Pinheiro de Souza. CEAC. Guaraniaçu – PR. manoelataides@gmail.com