–
O que faço comigo
Se desconheço os limites
Do amor e do descaso
Se te quero ou não
Num mesmo piscar de olhos
Sei que ando por meus próprios passos
Porém minha independência é relativa
Sonho contigo
E de súbito não a quero mais
é difícil estender as mãos sobre mim
E sentir com certeza
Que realmente me tem
Não chega a ser uma questão de domínio
De policiamento sequer
é algo maior que a palavra
Submetida ao entendimento
é sede de mundo
é uma explosão
Que arremessa meus sonhos
à velocidade da luz
Num infinito incapaz
De ainda assim me envolver.