Como nossos pais

Já dizia a música: “Ainda somos os mesmos, e vivemos, ainda somos os mesmos, e vivemos como nossos pais”. Continuamos fazendo da mesma maneira o que nossos pais faziam, usando o conhecimento empírico passado de geração para geração. Apesar dos múltiplos saberes repassados, um dos hábitos comuns é misturar as finanças pessoais ou da família, com as da propriedade rural. Esse costume frequentemente dificulta o diagnóstico da eficiência operacional do negócio rural, por exemplo quando são feitas retiradas de caixa, sejam elas para fins pessoais ou de investimentos no próprio negócio, sem levar em conta o fluxo de receitas da propriedade. Lembrando que o desempenho operacional nos diz se a atividade está sendo lucrativa ou dando prejuízo, e ainda se esse desempenho se refere a uma frustração de safra ou falhas de gestão.
Além da separação das finanças, é importante ter registro de entrada e saída de caixa, produção e consumo de insumos por safra, entre outros. Adicionalmente, deve-se definir o nível de detalhamento e periodicidade da coleta de dados para a tomada de decisões assertivas. Em sistemas de confinamento, de maneira geral, há a necessidade de coleta de um maior número de informações e de forma mais frequente que na pecuária extensiva, como exemplo.
De qualquer modo, pequenas mudanças podem ser feitas gradativamente. A medida que a importância das novas práticas de coleta e registro de dados fica claro para os envolvidos, e que os primeiros resultados da melhoria na gestão aparecem, nossos filhos agradecem.