–
Nos últimos anos, os produtores rurais que vinham trabalhando com o plantio do soja na região puderam experimentar um significativo salto nas cotações do produto, especialmente no final do ano de 2.019. Durante o período histórico analisado por esta coluna, de 2.012 a abril de 2.023, os preços se mantiveram graficamente andando de lado, até janeiro de 2.020, momento no qual as cotações saltaram de R$ 79,52 / saca para impressionantes R$ 154,36 em janeiro de 2.021. Esse movimento altista permaneceu até atingir seu ápice em março de 2.022 onde alcançou a marca de R$192,36. O gráfico abaixo demonstra essa evolução histórica com mais clareza.
Fatores como o excesso de chuvas no final do ciclo produtivo, estreitaram a janela de colheita e de armazenagem da soja colhida, também causaram danos às estradas até o porto, contribuindo para a formação de prêmios negativos de exportação. Dessa forma, as cotações de fevereiro de 2.023 até o momento chegaram a cair cerca de 17%, atingindo patamares semelhantes aos de junho de 2.021.
Ressaltamos também que as recentes quedas de preços de 2.023 não foram previstas pelas melhores casas de análise de mercado. Diante dessa variação de preços a que os produtores estão sujeitos, recomendamos sempre ao produtor se utilizar das usuais opções de garantia de preços, como contratos de entrega física de grãos junto as cooperativas, “hedge” via contratos de opções na BM&F, e a medida que seu fluxo de caixa permita, parcelar seus faturamentos do grão ao longo do ano para garantir um preço médio