Juros Bancários

Há um meio século que a gente ouve falar sobre os terríveis juros cobrados pelos bancos. Banco nunca perde porque não empresta se não houver uma boa hipoteca. Não existe nenhuma atividade econômica no país que dê tanto lucro. Sem produzir um alimento, um grão sequer. Talvez seja por isso, que tantos bancos estrangeiros queiram se estabelecer no Brasil. Atrás desse carrossel, surgiram nas últimas décadas, as Cooperativas de Créditos Rural. Rural e qualquer outro crédito, ainda nos moldes das Cooperativas de Crédito trazidas pelos imigrantes no século 19.
Na questão dos altos juros a gente se lembra apenas de um governante que reclamou várias vezes: Trata-se do falecido vice-presidente da República do governo Lula, José de Alencar Gomes da Silva, o Zé Alencar. Ele reclamou a todo momento dos juros escorchantes cobrados pelos bancos. Não era de se admirar: ele foi um grande empresário. Até a ex-presidente Dilma Rousseff tentou por decreto e no grito abaixar os juros bancários. Em vão. Em vez de ficar reclamando dos bancos, o governo deveria começar a fazer a parte que lhe cabe, desonerando a tributação sobre operações financeiras compulsória. Na base do Sistema de Crédito aparece a rolagem da dívida pública, que por não ter risco, é o melhor negócio bancário, dizem os economistas.
O governo leva em tudo. É dono de bancos estatais e possui no mínimo ações em bancos privados. Não seria ótimo se esse presidente Bolsonaro, neste momento estendesse uma guerrinha à redução dos impostos no Brasil? Ele que toda semana está envolvido em polêmicas?
É justo os brasileiros pagarem 35,90% de impostos/taxas em uma conta de energia? Essa arrecadação é imensa, pois todos os brasileiros que tem moradia, pagam. Isto é apenas um exemplo. E o governo fala sempre demais, e age pouco. Também reclamar dos juros bancários mais altos do mundo e não lembrar que o governo é um sócio oculto que fica com 22% do spread a título de impostos? Cada R$ 100 produzidos na economia brasileira, o governo fica com 36 reais na forma de impostos. Poucos países possuem uma tributação dessa magnitude: As exceções são as ricas economias europeias. Na Noruega, a carga tributária chega a 43% do PIB, mas a renda per capita no país é de U$ 97 mil. Não é esse o caso do Brasil, onde a renda mal ultrapassa U$ 11 mil e os serviços prestados pelo governo à sociedade estão a anos luz do padrão escandinavo. Um estudo expões com nitidez rara, o desperdício de riquezas em decorrência do binômio formado pela carga tributária pesada e pelo gasto público de má qualidade. Essa combinação viciosa faz o país perder o equivalente a um produto interno bruto (PIB) a cada dez anos trata-se de um custo para a sociedade superior ao dos juros elevados do real valorizado, dois fatores frequentemente apontados como causa da perda de competitividade da indústria nacional. O peso dos impostos, os juros cobrados pelos bancos e a ineficiência pública minam a produtividade e corroem o potencial do crescimento. Colocando a equação em números, cada aumento de 1 ponto percentual na carga tributária reduz o crescimento em 0,5 ponto percentual.
O pano de fundo seria estimular a produção nacional partindo de um ganho de eficiência o setor público, em vez de se preocupar apensa com poucos incentivos à demanda. Se o governo deixar de impor uma afixia aos empreendedores, reduzindo os impostos e os juros bancários seguramente o país começara a andar, e os empregos surgirão.
Um controle de gastos por parte da união, a simplificação das cobranças ao contribuinte. E o dinheiro consumido todo ano com os juros das dívidas estaduais e municipais? Se nada for feito, o avanço na renda dos brasileiros sempre será modesto.

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