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Nossa mente está retrocedendo?

Depois de décadas de avanço, a inteligência, tão maltratada nos debates rasos da atualidade, está retrocedendo. E o excesso de tempo na frente das telas tem tudo a ver com isso.

Objeto de análise desde os primórdios da civilização, a inteligência humana é um mistério tão intrigante quanto a origem do universo.

Entra década, sai década, me boa parte do século XX os países mais avançados, principalmente, puderam bater no peito e anunciar com orgulho que a inteligência média de seus habitantes sua constantemente, até a curva começar a cair e a inteligência engatar marcha a ré a partir dos anos 2000.

Em sólidos levantamentos descobriu-se algo constrangedor para a civilização: pela primeira vez, filhos passaram a ter mentes menos afiadas do que a de seus pais.

E como fugir da lembrança de movimentos da atualidade desprovidos de massa cinzenta, como os antivacina, os anti-instituições democráticas e os anticiência que compõe o lado escuro da polarização ideológica que varre o planeta terra?

A tela, em si, não representa um mal, mas o número de horas desprendidas na sua frente é assustador. O uso de computadores e celulares por pré-adolescentes é três vezes maior para fazer trabalhos escolares. No caso dos adolescentes, o número sobre para oito.

No desenvolvimento de crianças pequenas, um especialista adverte que internet e aplicativos de redes sociais em demasia afetam negativamente as interações, a linguagem e a concentração – os três pilares básicos do progresso em qualquer idade, mas de excepcional importância nos cinco primeiros anos de existência.