Que ciência… Que Deus!?

O conhecido cientista judeu-alemão Albert Einstein, tido por muitos como ateu – ateu de que Deus!? – nos dá um importante testemunho. Diz ele: “Quem acredita e diz que sou ateu comete um grave equívoco. Quem pretende deduzir isso de minhas teorias científicas não as entendeu. Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia ateia.
Não há oposição entre ciência e religião; apenas há cientistas atrasados, que professam ideias ultrapassadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Do seu estudo se desprendem leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformuláveis. Ora, essa indeterminação no plano da matéria abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas relações dissemelhantes e contraditórias”.

Há, porém, várias maneiras de se representar Deus. Alguns o representam como o Deus “mecânico”, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus dos primitivos, antigos ou modernos.

Outros o representam como o Deus “jurídico”, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias. E outros, enfim, como o Deus “interior”, que dirige todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência. A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência.
Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto

A experiência  cósmica religiosa é mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica. Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado, que se revela em detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a ideia que faço de Deus.