VEM NA CONTA DE LUZ

Há tempos Paraguai e Brasil negociam a construção de uma segunda porte entre os dois países lá em Foz do Iguaçu. Depois de uns anos de discussões, os dois países chegaram a um acordo sobre quem vai bancar a obra. O dinheiro, uns 60 milhões de reais, vira de Itaipu. Ou seja: sua conta de luz paga a fatura. E podem ter certeza: o Paraguai se sairá bem na empreitada. Como também, as Construtoras brasileiras.

Qual seria a preferência?

Numa reunião recente na empresa, Emílio Odebrecht revelou aos interlocutores que estava arrependido de ter feito delação. Na sua visão, a colaboração não surtiu os efeitos que imaginava, nem para a companhia nem para a família. Foi lembrado com muita gentileza por um dos presentes, que a outra opção, era bem pior: cadeia para seu filho Marcelo e ele, também.

Inútil para o coração

(Estudo encomendado pela Organização Mundial da Saúde revela que consumir cápsulas de ômega – 3 todo dia, não previne doenças cardiovasculares). Natália Cuminale, Veja. A reputação dos suplementos alimentares, que já não andava boa, acaba de sofrer um novo golpe. Desta vez, as vítimas foram as populares cápsulas de ômega – 3. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que seu consumo seria capaz de prevenir problemas do coração e vasculares, como infarto e acidente vascular cerebral. O estudo encomendado pela OMS, mostrou que não existem evidências que isto ocorra. Há muitas coisas que podemos fazer para proteger nosso coração, como não fumar, ter uma vida ativa, disse a líder da pesquisa. “As cápsulas de óleo de peixe não vão nos ajudar”. Estima-se que 54% da população brasileira consuma complementos alimentares, sendo o ômega – 3 um dos mais populares.

O Instituto Cochrane, organização inglesa que avalia estudos médicos, seus pesquisadores revisaram os principais trabalhos publicados na literatura científica, analisaram 79 pesquisas e dados de 112.000 pessoas. E a síntese , nesse caso, não foi nada positiva para as cápsulas: mostrou que elas trouxeram pouco ou nenhum benefício para a saúde vascular. A boa fama do composto surgiu na década de 70, quando cientistas identificaram um menor risco cardíaco em esquimós que viviam na gélida Groenlândia. Viram que, a dieta deles era composta de peixes, baleias e focas – fontes naturais de ômega – 3. A substância tem ação anticoagulante, anti-inflamatória, diminui o acumulo de placas de gordura, dilata os vasos reduz a pressão arterial, baixa os triglicérides e aumenta o colesterol bom. Porque então os suplementos não conseguem alcançar esses efeitos? Uma das hipóteses é que a ação do ômega – 3, seja em cápsulas, não é suficientemente potente para modificar o curso de doenças, diz um cardiologista da USP. É mais ou menos como a relação entre o consumo de carne vermelha e a incidência de câncer. Estudos comprovam que ela existe, mas isto está longe de significar que quem come filé vai ter doença. Na virada dos anos 1990, os suplementos vitamínicos passaram a ser associados como o Santo-Graal da saúde. Seriam capazes de acabar com a queda de cabelo e até de prevenir o câncer. Mas logo se descobriram falhas nas pílulas, e surgiram medicamentos com efeitos bem mais poderosos do que os das cápsulas, e com doses mais altas. No caso do ômega-3, porém, estudos ainda podem comprovar sua eficácia, com outra dosagem. Mas, por enquanto o levantamento da OMS, é claro: não há porque gastar com suplementos. Sabemos que o consumo de peixes faz bem à saúde de forma geral. Ainda há pessoas que preferem a facilidade das cápsulas. A boa notícia para os adeptos do óleo de peixe comprado em farmácia é que mal para a saúde ele não faz, só mesmo para o bolso.

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