Boletim recente de dengue confirma 37 óbitos e 34,2 mil casos

As mortes ocorreram entre fevereiro e abril, envolvendo 23 homens e 14 mulheres. A Regional com maior número é a de Cascavel, com 30.106 casos

O boletim semanal da dengue, divulgado na última terça-feira (16) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), indica um aumento de 37 óbitos no Paraná. Agora, o estado totaliza 140 mortes pela doença durante o atual período epidemiológico, que teve início em julho de 2023. O 32º Informe Epidemiológico também revela um total de 219.045 casos confirmados, um aumento de 34.226 em relação ao relatório anterior, além de 451.280 notificações e 97.083 casos em investigação.

Óbitos
As mortes ocorreram entre (4) de fevereiro e (2) de abril de 2024, envolvendo 23 homens e 14 mulheres com idades entre 14 e 94 anos, residentes em 23 municípios diferentes, sendo que 27 apresentavam comorbidades.
Os municípios onde ocorreram as mortes são de abrangência das Regionais de Saúde de Francisco Beltrão (8ª RS), Cascavel (10ª RS), Umuarama (12ª RS), Paranavaí (14ª RS), Maringá (15ª RS), Apucarana (16ª RS), Londrina (17ª RS) e Toledo (20ª RS), incluindo Marmeleiro (1), Pranchita (1), Cascavel (3), Formosa do Oeste (1), Nova Aurora (1), Alto Piquiri (1), Cruzeiro do Oeste (1), Francisco Alves (2), Ivaté (1), Mariluz (1), Umuarama (2), Planaltina do Paraná (1), Mandaguaçu (1), Maringá (2), Arapongas (3), Londrina (4), Bela Vista do Paraíso (1), Miraselva (1), Rolândia (4), Marechal Cândido do Rondon (1), Santa Helena (1), Terra Roxa (1) e Toledo (2).
A Regional com mais casos confirmados é a 10ª RS de Cascavel, com 30.106 casos. Em seguida, estão a 16ª RS de Apucarana (27.331), a 8ª RS de Francisco Beltrão (27.292), a 17ª RS de Londrina (21.709), a 15ª RS de Maringá (18.576) e a 11ª RS de Campo Mourão (16.873). As cidades com maior número de casos são Apucarana (15.756), Londrina (15.225), Cascavel (14.197), Maringá (10.549) e Francisco Beltrão (6.613), totalizando 394 municípios com casos confirmados.

Zika e Chikungnya
O boletim também inclui informações sobre as arboviroses chikungunya e zika, que são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Houve o registro de três novos casos de chikungunya, totalizando 104 confirmações e 1.171 notificações da doença no Estado. Desde o início deste período, não foram confirmados casos de zika vírus, havendo apenas 102 notificações.

Ações
Desde o início deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Vigilância Ambiental, tem promovido uma série de iniciativas visando reforçar o combate à dengue. Desde janeiro, várias capacitações foram realizadas para profissionais de saúde, abordando o manejo clínico, a assistência aos pacientes e informações técnicas para enfrentar o mosquito. Cerca de 500 pessoas participaram dessas iniciativas, que ocorreram em diversas regiões do Estado.
Em janeiro, mais de 300 profissionais estiveram envolvidos em ações de conscientização contra a dengue no Litoral durante a temporada de verão, com o objetivo de alertar a população sobre a prevenção da doença. Também no mesmo mês, a Sesa, em parceria com a Casa Civil, promoveu uma reunião entre gestores municipais e técnicos de vigilância epidemiológica para alinhar ações e atualizar o panorama da doença no Estado.

Dia D
A Sesa organizou o Dia D, uma mobilização estadual, com o intuito de fortalecer o combate à dengue e reduzir os casos da doença e o número de óbitos. Além disso, o Governo do Estado lançou duas campanhas publicitárias para garantir que as informações sobre os cuidados e alertas à população chegassem diretamente a ela.
O Paraná também participou do Dia D nacional, promovido pelo Ministério da Saúde, que uniu esforços do governo federal, estados, municípios, agentes comunitários e de combate às endemias, profissionais da saúde e a população brasileira para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença.
Em março, o Governo do Estado destinou um aporte adicional de R$ 93 milhões para auxiliar os municípios, distribuindo o valor entre diversas áreas. Esses recursos foram direcionados para aprimorar o atendimento hospitalar, garantir a disponibilidade de insumos, capacitar as equipes de agentes comunitários de saúde e intensificar a vigilância em saúde.