Estado antecipa ações de prevenção ao câncer de mama

Esse movimento de conscientização, realização de ações e oferta de exames médicos, objetiva aumentar o cuidado e número de procura por exames de rotina

O governo do Estado antecipou para setembro as ações de conscientização e prevenção ao câncer de mama e do colo do útero. Anualmente, as ações acontecem em outubro, mas neste ano, já em setembro começam as iniciativas para chamar a atenção das mulheres sobre a importância da rotina de cuidado e prevenção da doença.

Cuidado

Esse movimento de conscientização da população, realização de ações e oferta de exames médicos em todo o Estado, conhecido como ‘Paraná Rosa’, tem o objetivo de aumentar o número de mulheres que procuram exames de rotina. Historicamente, em outubro, mês tradicional da campanha, há um aumento de 30% na realização dos exames de mamografia e a procura permanece em alta durante algum tempo, reflexo das ações publicitárias e da comunicação sobre o tema.

A primeira-dama do Estado, Luciana Saito Massa, destacou a importância da conscientização e do trabalho conjunto para a prevenção e combate ao câncer de mama. “Nossa missão é alcançar todas as mulheres do Paraná e oferecer a elas os recursos necessários para enfrentar os desafios com coragem e esperança”, afirma.

Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o diálogo e as ações junto à população serão antecipadas em um mês pois é necessário disseminar o assunto e incentivar as mulheres a fazer os exames para o diagnóstico precoce da doença. “ Vamos de agora até final de outubro intensificar as ações junto aos municípios e com a participação de todos, teremos bons resultados”, detalha Beto Preto.

Exames

Para atingir a população feminina nesse cuidado preventivo, os municípios reforçarão o trabalho de informação, busca ativa e realizações de ações para atender, principalmente, as que têm exames em atraso ou que nunca fizeram. Para esse atendimento, a rede pública estadual oferece 173 mamógrafos com exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de exame Papanicolaou, disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS).

O governo do Estado, via Secretaria da Saúde (Sesa), oferece cerca de 450 mil exames de mamografia durante todo o ano. Dados preliminares revelam que, desse total, 191.029 foram realizados de janeiro a julho de 2023.

Também são ofertados mais de 1.2 milhão de exames de citopatológicos e histopatológicos de mama e colo do útero, durante todo ano. Para a realização destes exames a paciente deve procurar uma unidade de saúde, onde o profissional fará as orientações necessárias, avaliação da mulher e solicitação e coleta dos exames preventivos.

Com a pandemia houve uma queda significativa da procura pelas mamografias, passando de 347.319, em 2019, para 191.048, em 2020. De acordo com o Sistema de Informação do Câncer (Siscan), em 2021 foram realizados 239.961 exames e no ano passado 319.857. Apesar de os números subirem a cada ano, a expectativa desta iniciativa é ir além, alcançando atendimento expressivo e que preencha o quantitativo ofertado.

“O objetivo é detectar o mais cedo possível algum sinal de anomalia ou algo diferente. Se o câncer de mama for descoberto de forma precoce, mais chances de cura a mulher tem”, alerta a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti Lopes. “Não medimos esforços para orientar as mulheres dar atenção aos sinais. Estar em dia com os exames pode ser o grande diferencial entre a saúde e a doença”, completa.

Alto índice

O câncer de mama na população feminina é o tipo mais frequente (excluindo câncer de pele não melanoma). São estimados 3.650 novos casos a cada ano no Paraná. Já o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais frequente e são estimados 790 casos novos casos ao ano. 

“Toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas, anualmente. Além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas”, reforça a chefe da Divisão de Atenção às Neoplasias, Rejane Cristina Teixeira Tabuti.