Estudos indicam que a Ômicron é menos agressiva para os pulmões

A dose de reforço é um dos pilares da proteção

Estudos recentes apontam que a variante ômicron tem menos possibilidades de causar danos aos pulmões. Seis pesquisas, sendo quatro publicadas desde o Natal de 2021, descobriram que a nova cepa do coronavírus não causa tantos danos aos pulmões das pessoas infectadas quanto a delta ou outras variantes anteriores.

Propagação em células da garganta

O resultado de todas as mutações que tornam essa variante diferente das anteriores é que ela pode ter alterado sua capacidade de infectar diferentes tipos de células Ela se multiplica nas células da garganta mais prontamente do que nas células do pulmão. Isso é realmente preliminar, mas os estudos apontam na mesma direção, afirma um dos especialistas.

Uma variante que se reproduz mais em células da garganta se torna mais transmissível, o que explica a rápida disseminação. Por outro lado, vírus que se propagam no tecido do pulmão tendem a ser mais perigosos, porém, menos transmissíveis.

Testes em camundongos

Membros do grupo de pesquisa de Virologia Molecular da Universidade de Liverpool, na Inglaterra publicaram uma pré-impressão no jornal The Guardian que mostra a variante levando a “doenças menos graves” em camundongos. O artigo mostrou que os ratos infectados com a variante perdem menos peso, têm cargas virais mais baixas e apresentam pneumonias menos graves.

O teste no animal sugere que a doença é menos grave do que a causada pela delta e a cepa original que surgiu em Wuhan, na China, no início da pandemia.

É uma peça do quebra-cabeça, disse o professor James Stewart, que participa da pesquisa. Os animais se recuperaram mais rapidamente e isso se relaciona com os dados clínicos que estamos recebendo.

Continue se protegendo

As primeiras indicações são de que é uma boa notícia, mas não é um sinal para baixar a guarda, porque se você for clinicamente vulnerável, as consequências ainda não são ideais (há mortes por ômicron). Nem todo mundo pode sair sem máscara e festejar.

Ele também ressalta que apesar da baixa letalidade da variante, é importante manter os cuidados de proteção social.

Pesquisadores do Centro de Pesquisa de Vírus da Universidade de Glasgow, na Escócia, encontraram evidências de que a variante mudou a forma como se entra no corpo. A Ômicron provavelmente infectaria pessoas que receberam duas doses da vacina, mas a dose de reforço deu uma restauração parcial a imunidade.

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