Projeto da escola Leocádio Correia será apresentado no Conedu

O ‘Tecnologia como Ferramenta de Aprendizagem na Educação Especial’, foi desenvolvido pela profª Gracieli Castilho, em parceria com a prefeitura, por meio do Laranjeiras Tecnológica

No próximo dia 14, durante o Congresso Nacional de Educação (Conedu), será apresentado um projeto inovador que destaca o papel da tecnologia como ferramenta de aprendizagem na Educação Especial. O projeto, intitulado ‘Tecnologia como Ferramenta de Aprendizagem na Educação Especial’, desenvolveu atividades em parceria com os alunos do 3º ano da professora Simone, do Jardim sob a orientação das professoras Adriana e Keli, do 1º ano com a professora Viviane, e do 4º ano com a professora Silvana, de Laranjeiras do Sul.

Metodologia

Conforme a professora Gracieli Cristiani Schroeder Castilho, a iniciativa vai além da simples gamificação, utilizando o aplicativo Graphogame para promover a leitura e escrita como prioridade. Além disso, ele auxilia outros estudantes por meio da monitoria dos alunos da Classe Especial, utilizando metodologias ativas que estão alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “A BNCC preconiza que os alunos devem compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimento, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”, detalha Gracieli.

Segundo a professora, através dessa metodologia, tanto os estudantes da classe especial quanto os estudantes do 3º ano têm a oportunidade de se tornar agentes do próprio conhecimento. Eles utilizam diferentes linguagens e tecnologias digitais para se comunicar, acessar informações, produzir conhecimento e resolver problemas, especialmente nas Ciências da Natureza e na utilização dos Recursos Naturais.

Autonomia

Essa abordagem de ensino permite que os alunos não apenas ouçam e reproduzam o que o professor diz, mas sim que pesquisem, reflitam e cheguem às suas próprias conclusões. No entanto, essa metodologia exige um planejamento cuidadoso e experiências bem elaboradas. É aí que a tecnologia se torna uma aliada fundamental. O grande segredo está em direcionar a tecnologia de maneira positiva, crítica e criativa, como enfatiza o Professor Doutor em Educação, José Moran. “A aprendizagem na era da informação pode ser facilitada pelo uso da tecnologia como recurso didático, transformando o papel do professor em um facilitador da interpretação e correlação dos dados encontrados no vasto universo de informações digitais”.

Parcerias que dão certo

O projeto, desenvolvido desde o início do ano, é resultado de uma parceria entre a escola e a prefeitura, por meio do Laranjeiras Tecnológica, onde os alunos da classe especial tiveram aulas com o professor Alex Schroeder, e  puderam explorar notebooks da escola e utilizar o aplicativo Graphogame do MEC para aprimorar suas habilidades de leitura e escrita, além de aprender a utilizar programas para pesquisa e desenho. “Agora, os alunos atuam como monitores em outras turmas, compartilhando seu conhecimento e ampliando as atividades que envolvem o conteúdo. Um exemplo disso é a criação de cartazes digitais, uma das atividades realizadas pelos alunos do 3º ano da professora Simone com a monitoria dos alunos da Classe Especial, minha turma”, destaca a professora Gracieli.

“Esse projeto representa um passo importante na promoção da inclusão e no uso efetivo da tecnologia como uma ferramenta poderosa para o aprendizado na educação

especial. A apresentação no Conedu promete inspirar educadores e gestores a explorarem novas abordagens pedagógicas que valorizem a tecnologia como um recurso transformador na sala de aula”, finaliza Gracieli.