Paraná conquista a segunda posição no ranking nacional de exportações

Impulsionado por um salto de 114% no volume exportado e de 181,4% na receita. Foram movimentadas 1.641 toneladas do produto

Nos três primeiros meses de 2025, o Paraná avançou uma posição no cenário nacional e agora ocupa o segundo lugar entre os estados que mais exportam mel no Brasil, conforme dados do Agrostat Brasil.

A análise consta no Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado semanalmente pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Esse desempenho é resultado de um crescimento expressivo: aumento de 114% no volume exportado e de 181,4% na receita, comparado ao mesmo período de 2024.

Ao todo, foram embarcadas 1.641 toneladas, com faturamento de US$ 5,251 milhões e preço médio de US$ 3,20 por quilo.

O estado de Minas Gerais permanece na liderança, com 2.333 toneladas exportadas e receita de US$ 7,292 milhões. Em terceiro lugar está o Piauí, que comercializou 1.359 toneladas, arrecadando US$ 4,006 milhões.

No cenário nacional, as exportações brasileiras de mel no primeiro trimestre deste ano totalizaram 9.120 toneladas, representando alta de 19,7% em volume. No entanto, a receita foi de US$ 28,412 milhões, 54,3% inferior ao mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos continuam sendo o maior comprador do mel brasileiro, com 85,7% do total exportado. Canadá e Alemanha vêm logo depois na lista de destinos.

Suinocultura

Outro destaque do boletim é a autorização do Chile para importação de carne suína paranaense, fato que pode impulsionar significativamente as vendas externas do produto.

Essa conquista só foi possível graças ao reconhecimento do Paraná, desde maio de 2021, como zona livre de febre aftosa sem vacinação, conforme status concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o que amplia as possibilidades de acesso a novos mercados internacionais.

Frango

Em março de 2025, o custo para produzir frango no Paraná teve um aumento de 13,9% em relação a março do ano anterior, influenciado principalmente pelo encarecimento da ração.

Apesar de uma leve redução de 0,21% no comparativo com fevereiro, os gastos com nutrição, genética e sanidade ainda pressionam o setor. O valor pago ao produtor teve um reajuste de 3,1% em relação ao mesmo mês de 2024.

Bovinos

As vendas externas de carne bovina do Paraná apresentaram crescimento expressivo nos primeiros três meses de 2025. Foram comercializadas 10,3 mil toneladas, com faturamento de US$ 45,2 milhões, superando os números do mesmo período de 2024, quando foram exportadas 6,2 mil toneladas, com receita de US$ 25,8 milhões.

O crescimento foi de 75% em volume e 66% em valor, destacando o desempenho positivo do setor.

Milho

As lavouras de milho da segunda safra no Estado seguem com situação estável em relação à semana anterior. Dos 2,7 milhões de hectares cultivados, 63% apresentam condições favoráveis, 23% estão em situação intermediária e 14% em estado crítico, com possibilidade de perdas.

As precipitações dos últimos dias ajudaram a manter esse cenário, evitando uma deterioração maior nas plantações.

Trigo

As chuvas recentes também beneficiaram o plantio do trigo, que avançou 14% na última semana, com destaque para a região Norte do Paraná. A expectativa é que esse ritmo se estenda para outras regiões nos próximos dias.

Estima-se que a área total semeada chegue a 886 mil hectares – uma redução frente aos 910 mil previstos em março e 22% inferior à área cultivada em 2024, que foi de 1,13 milhão de hectares.

Tomate

A segunda safra do tomate atingiu 90% de área plantada (equivalente a 1,4 mil hectares) e metade da colheita já foi realizada (715 hectares).

A produtividade média ficou em 38,7 toneladas por hectare, abaixo da previsão de 64,8 t/ha. O desempenho foi afetado pelas ondas de calor no início do ano e pela incidência de uma nova praga nos cultivos. Apesar disso, 97% das lavouras estão em boas condições, e os 3% restantes apresentam potencial de recuperação nas próximas semanas.