IPCA-15 tem alta de 0,33% em julho, mas alimentos caem 0,06%

Batata, cebola e arroz puxam queda nos alimentos em casa, mas lanche e refeição elevam custo fora do domicílio

A prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), apresentou alta de 0,33% em julho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (25). Apesar da elevação geral, os preços do grupo alimentação e bebidas recuaram 0,06% no mês — o segundo recuo consecutivo da categoria no indicador.
Em junho, o IPCA-15 havia subido 0,26%. Já em julho de 2024, a taxa foi de 0,30%. No acumulado de 12 meses até julho, o índice atingiu 5,30%, levemente acima dos 5,27% registrados nos 12 meses encerrados em junho.

Alimentos para consumo em casa pressionam para baixo
O grupo “alimentação no domicílio” teve papel importante para o resultado negativo da alimentação em julho. A queda nesse segmento se intensificou: passou de -0,24% em junho para -0,40% em julho. A desaceleração foi impulsionada por recuos expressivos em itens importantes da cesta básica, como:

  • Batata-inglesa: -10,48%
  • Cebola: -9,08%
  • Arroz: -2,69%

Esses produtos ajudaram a aliviar o orçamento das famílias no mês.

Tomate volta a subir e puxa alta pontual
Nem todos os alimentos seguiram a tendência de queda. O tomate, por exemplo, que havia registrado baixa de 7,24% em junho, teve alta de 6,39% em julho, sendo uma das poucas exceções no grupo.

Comer fora ficou mais caro
Na contramão da alimentação no domicílio, os preços de alimentação fora de casa aceleraram no mês. A alta foi de 0,84% em julho, frente a 0,55% em junho. Dois itens foram os principais responsáveis por essa variação:

  • Lanche: inflação saltou de 0,32% em junho para 1,46% em julho
  • Refeição: passou de 0,60% para 0,65% no mesmo período

Esses aumentos pressionam os consumidores que dependem de refeições prontas no dia a dia, especialmente em grandes centros urbanos.

Balanço
A queda nos preços dos alimentos consumidos em casa traz algum alívio ao consumidor, mas o aumento na alimentação fora do domicílio mostra que a inflação no setor alimentício ainda exige monitoramento. A próxima divulgação completa do IPCA, que inclui mais itens e abrange o mês cheio, poderá dar um retrato mais preciso da tendência para os próximos meses.