Hamas libera 20 reféns israelenses após mais de dois anos em cativeiro na Faixa de Gaza

Prazo para a libertação terminou às 6 horas desta segunda-feira (13); Israel declara que outros 28 sequestrados já morreram

Os 20 reféns israelenses que ainda estavam em poder do grupo Hamas foram libertados na madrugada desta segunda-feira (13), após mais de dois anos de cativeiro. A ação integra um acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o grupo palestino.

Situação dos reféns
Segundo informações oficiais, o Hamas mantinha 48 pessoas em cativeiro na Faixa de Gaza. Destas, 20 foram resgatadas com vida, enquanto outras 28 foram declaradas mortas por Israel. Dois casos ainda permanecem sem confirmação definitiva.No total, 251 pessoas foram sequestradas durante o ataque de 07 de outubro de 2023. Parte delas já havia sido libertada em acordos anteriores ou resgatada em operações militares israelenses.

Troca de prisioneiros
Como parte do acordo atual, Israel iniciou a libertação de aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos. Entre eles, estão 250 indivíduos condenados à prisão perpétua por crimes contra o país e sua população.Os detentos foram conduzidos em ônibus da Cruz Vermelha para Gaza, Cisjordânia e também para outros países da região.

Detalhes do plano de paz
O plano de paz foi anunciado em 08 de outubro, com mediação de Egito, Catar e Turquia, após proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no fim de setembro. O acordo prevê:

  • Reféns: libertação de todos os sequestrados vivos e entrega dos corpos das vítimas mortas.
  • Cessar-fogo: suspensão dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.
  • Retirada de tropas: recuo gradual das forças de Israel, que reduziram a ocupação do território de 75% para 53%.

Embora o Hamas tivesse prazo até às 6 horas desta segunda (13) (horário de Brasília) para concluir a entrega dos reféns, o grupo solicitou mais tempo para localizar os corpos das vítimas. A Turquia informou que formou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos restos mortais.
A assinatura oficial do acordo será realizada ainda nesta segunda-feira, no Egito, com a presença de Donald Trump e representantes de cerca de 20 países.