A vida consagrada do líder religioso

Ao contrário do que se pensa, a castidade vai além de si mesma. Ela é um sinal de abdicação e de amor incondicional

O mistério da paixão de Cristo inspira peregrinação, romaria e louvor de inúmeros cristãos ao redor do mundo. A festa em honra ao São Bom Jesus, comemorada hoje (6) no Brasil evidencia a imensa da devoção dos fiéis.

Em diferentes igrejas e comunidades que veneram a imagem do Cristo, temos a figura central do Padre ou Pároco, que tiveram também seus dias comemorados nesta semana.

A vida consagrada se espelha na maneira como Jesus viveu, sendo um homem casto e subserviente. Religiosos que recebem esse chamado, portanto, não só entregam suas vidas a Deus, como também buscam se aproximar do estilo de vida que Cristo viveu.

Quando um seminarista recebe o sacramento e se torna um sacerdote, ele voluntariamente, entende e aceita os três votos perpétuos: de pobreza, castidade e de obediência. Os três possibilitam que o sacerdote estabeleça relações maduras para com os outros seres humanos, de modo a melhor exercer sua função.

Tudo na vida sacerdotal deve ser uma preparação para a vida santa, por isso é tão grande a dignidade do padre. Um escolhido por Deus para oferecer o sacrifício de valor infinito, para perdoar os pecados, transmitir os seus ensinamentos, abençoar e santificar. Mas ainda um homem que abdicou dos interesses puramente humanos para viver sua missão.

Ao contrário do que se pensa, a castidade vai além de si mesma. Ela é um sinal de abdicação e de amor incondicional. É o que podemos concluir a partir da parábola contada por Jesus (Lucas 10, 25-37) do samaritano que ajudou e amou verdadeiramente o próximo sem antes mesmo o conhecer.